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Tipo do documento: Dissertação
Título: Avaliação de Lavandula angustifolia Mill. e Lavandula dentata L. sobre células planctônicas e biofilmes de Candida albicans e espécies não-albicans de Candida spp
Autor: NASCIMENTO, Laís Stempniewski do 
Primeiro orientador: DIAS, Amanda Latercia Tranches
Primeiro coorientador: SILVA, Marcelo Aparecido da
Primeiro membro da banca: MENEZES, Luciana da Silva Ruiz
Segundo membro da banca: IKEGAKI, Masaharu
Resumo: Algumas espécies de Candida spp. apresentam importantes fatores associados à virulência, dentre eles destaca-se a formação de biofilmes, os quais podem estar associados a mudanças no perfil de sensibilidade dos isolados, aos antifúngicos disponíveis. Devido a esses fatores, fazse necessária a pesquisa de novas opções terapêuticas para o tratamento de infecções causadas por Candida spp., destacando-se, assim, a importância da busca de bioativos em fontes naturais. As plantas do gênero Lavandula spp. são utilizadas em todo o mundo devido às suas propriedades terapêuticas. O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar, in vitro, as atividades antifúngicas de Lavandula angustifolia Mill. e Lavandula dentata L. sobre isolados de Candida albicans e espécies não-albicans de Candida spp. cultivados em estado planctônico e na forma séssil, ou seja, biofilme. Primeiramente, realizou-se a caracterização fitoquímica, por cromatografia em camada delgada, dos extratos hidroetanólicos de folhas e flores de L. angustifolia e L. dentata e sugeriu-se a presença de saponinas, terpenos e flavonóides. Posteriormente, fez-se ensaio de difusão em ágar para triagem da atividade antifúngica dos extratos. Após, fez-se a avaliação da Concentração Inibitória de 50% e 90% (IC50 e IC90) do crescimento dos isolados, em que dos extratos hidroetanólicos de Lavandula spp. foram adicionados aos cultivos de Candida albicans, Candida krusei e Candida glabrata. L. angustifolia foi ativa em células planctônicas de C. krusei e C. glabrata: flores e folhas frescas em C. krusei, e folhas frescas em C. glabrata. L. dentata foi ativa em C. krusei em estado planctônico: flores e folhas frescas. Em biofilmes de C. krusei, o extrato de flores frescas de L. angustifolia causou redução da atividade metabólica das células e os extratos de flores e folhas frescas causaram redução da biomassa. Quanto à L. dentata, o extrato de flores frescas diminuiu a atividade metabólica das células e levou à redução de biomassa fúngica, enquanto o extrato de folhas frescas diminuiu a atividade metabólica das células. Em biofilmes de C. glabrata, o extrato de folhas frescas de L. angustifolia causou redução da biomassa fúngica. Não se observou atividade significativa dos extratos sobre C. albicans em estado planctônico e biofilme. Quanto ao teste de citotoxicidade, os maiores valores de concentração citotóxica para 50% das células (CC50): foram apresentados pelo extrato de folhas frescas de L. angustofolia, seguida pelo extrato de folhas frescas de L. dentata, fato que sugere que estes possam ser os extratos mais seguros para uso. Os demais extratos, apresentaram menores valores de CC50: flores frescas de L. angustifolia e flores frescas de L. dentata. Assim sendo, elegeu-se o extrato de folhas frescas de L. angustifolia para a continuidade das avaliações e o mesmo foi submetido à avaliação fitoquímica por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Através desta avaliação, foram detectadas as presenças de flavonoides e elagitaninos. Em relação à avaliação do efeito combinado entre o extrato de folhas frescas de L. angustifolia e antifúngicos de uso convencional em células planctônicas, observou-se efeito aditivo na combinação deste extrato com fluconazol contra C. krusei (FICI: 0,516) e C. glabrata (FICI: 0,625); quanto ao extrato combinado com caspofungina observou-se efeito indiferente contra C. krusei (FICI: 2,00) e efeito antagônico contra C. glabrata (FICI: 4,282). A interação do extrato de folhas frescas de L. angustifolia em biofilme mostrou-se indiferente para C. krusei (FICI fluconazol: 1,25; FICI anfotericina B: 1,125). Porém a interação do extrato com anfotericina B para C. glabrata mostrou-se aditiva (FICI: 0,503), podendo se tornar uma opção para combater biofilmes em formação. Não houve concentração fungicida mínima em nenhuma das situações (células planctônicas, biofilme e sinergismo) de nenhuma espécie de Candida avaliada.
Abstract: Some species of Candida spp. present important factors associated with virulence, among which the formation of biofilms stands out, which may be associated with changes in the sensitivity profile of the isolates, to the available antifungals. Due to these factors, it is necessary to search for new therapeutic options for the treatment of infections caused by Candida spp., Thus highlighting the importance of the search for bioactive agents in natural sources. Plants of the genus Lavandula spp. are used worldwide due to their therapeutic properties. The aim of this work was to evaluate and compare, in vitro, the antifungal activities of Lavandula angustifolia Mill. and Lavandula dentata L. on Candida albicans and non-albicans Candida spp. grown in planktonic state and in sessile form, that is, biofilm. First, the phytochemical characterization was performed, by thin layer chromatography, of the hydroethanolic extracts of leaves and flowers of L. angustifolia and L. dentata and the presence of saponins, terpenes and flavonoids has been suggested. Subsequently, an agar diffusion test was carried out to screen the antifungal activity of the extracts. Afterwards, the evaluation of the inhibitory concentration of 50% and 90% (IC50 and IC90) of the growth of the isolates was made, in which of the hydroethanolic extracts of Lavandula spp. were added to the cultures of Candida albicans, Candida krusei and Candida glabrata. L. angustifolia was active in planktonic cells of C. krusei and C. glabrata: fresh flowers and leaves in C. krusei, and fresh leaves in C. glabrata. L. dentata was active in C. krusei in planktonic state: fresh flowers and leaves. In C. krusei biofilms, the extract of fresh flowers of L. angustifolia caused a reduction in the metabolic activity of cells and extracts of fresh flowers and leaves caused a reduction in biomass. As for L. dentata, the extract of fresh flowers decreased the metabolic activity of the cells and led to the reduction of fungal biomass, while the extract of fresh leaves decreased the metabolic activity of the cells. In C. glabrata biofilms, fresh leaf extract from L. angustifolia caused a reduction in fungal biomass. There was no significant activity of extracts on C. albicans in planktonic state and biofilm. As for the cytotoxicity test, the highest cytotoxic concentration values for 50% of the cells (CC50): were presented by the extract of fresh leaves of L. angustofolia, followed by the extract of fresh leaves of L. dentata, a fact that suggests that they may be the safest extracts to use. The other extracts showed lower CC50 values: fresh flowers of L. angustifolia and fresh flowers of L. dentata. Therefore, the extract of fresh leaves of L. angustifolia was chosen for the continuity of the evaluations and it was submitted to phytochemical evaluation by high performance liquid chromatography (HPLC). Through this evaluation, the presence of flavonoids and ellagitannins was detected. Regarding the evaluation of the combined effect between the extract of fresh leaves of L. angustifolia and antifungals of conventional use in planktonic cells, an additive effect was observed in the combination of this extract with fluconazole against C. krusei (FICI: 0.516) and C. glabrata (FICI: 0.625); as for the extract combined with caspofungin, there was an indifferent effect against C. krusei (FICI: 2.00) and an antagonistic effect against C. glabrata (FICI: 4.282). The interaction of fresh leaf extract of L. angustifolia in biofilm was indifferent to C. krusei (FICI fluconazole: 1.25; FICI amphotericin B: 1.125). However, the interaction of the extract with amphotericin B for C. glabrata proved to be additive (FICI: 0.503), and can become an option to combat biofilms in formation. There was no minimum fungicidal concentration in any of the situations (planktonic cells, biofilm and synergism) of any Candida species evaluated.
Palavras-chave: Lavandula
Candida spp.
Atividade antifúngica
Biofilme.
Interação
Efeito aditivo
Efeito sinérgico
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Instituto de Ciências da Natureza
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas
Citação: NASCIMENTO, Laís Stempniewski do. Avaliação de Lavandula angustifolia Mill. e Lavandula dentata L. sobre células planctônicas e biofilmes de Candida albicans e espécies não-albicans de Candida spp. 2020. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1582
Data de defesa: 20-Fev-2020
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