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Tipo do documento: Tese
Título: Influência da desnutrição proteica materna sobre as respostas comportamentais e após estresse imunológico na prole
Autor: BATISTA, Tatiane Helena 
Primeiro orientador: PAIVA, Alexandre Giusti
Primeiro coorientador: GIUSTI, Fabiana Cardoso Vilela
Primeiro membro da banca: POLETINI, Maristela de Oliveira
Segundo membro da banca: KIRSTEN, Thiago Berti
Terceiro membro da banca: FREITAS, Renato Leonardo de
Quarto membro da banca: CERON, Carla Sperioni
Resumo: O comportamento materno (CM) é fundamental para a sobrevivência da prole e alterações nesse tipo de comportamento podem ocasionar mudanças comportamentais na prole. Neste estudo, avaliamos se a restrição proteica materna poderia influenciar nas respostas comportamentais dos filhotes. Nossos resultados demonstraram que mães alimentadas com a dieta restrita em proteínas apresentam um aumento do CM, entretanto esse aumento do CM não alterou as respostas comportamentais dos filhotes. Sabe-se que desnutrição proteica materna pode ser um fator contribuinte para as desordens psiquiátricas presente nos descendentes. Entre as desordens psiquiátricas, a Desordem do Espectro Autista (DEA) é um dos maiores desafios a ser enfrentado em todo o mundo. Por esta razão nós testamos a correlação entre restrição proteica materna com sintomas semelhantes ao autismo nos filhotes machos e fêmeas adolescentes utilizando-se para isto testes comportamentais em roedores que se assemelham as principais características comportamentais observadas em humanos com DEA. Durante a lactação, no dia pós-natal 5 (DPN 5) foi realizada a quantificação das vocalizações ultrassônicas (VUS) bem como a análise do homing behavior no DPN 13. Durante a adolescência, no DPN 30-32 os filhotes foram avaliados nos testes de campo aberto, teste da placa com buracos, avaliação do comportamento juvenil de brincadeira e no teste de reconhecimento de objetos. Os resultados demonstraram que os filhotes provenientes de mães alimentadas com a dieta hipoproteica vocalizam menos e além disso demonstram prejuízos na discriminação social no teste de homing behavior. Na adolescência, a prole de mães hipoproteicas de ambos os sexos não apresentam alterações na atividade locomotora no teste de campo aberto, entretanto exibem um comportamento estereotipado no teste da placa com buracos, diminuição do comportamento de brincadeira e a prole de filhotes machos apresentam um maior interesse em explorar o objeto familiar. Esses resultados mostram que a restrição proteica materna causa na prole comportamentos que se assemelham as principais características comportamentais associadas ao DEA. Além disso é conhecido que a desnutrição materna pode prejudicar o desenvolvimento do sistema imunológico, assim conhecendo-se que o comportamento doentio depende da comunicação neuro-imune, o outro objetivo do nosso estudo foi avaliar os efeitos da restrição proteica materna sobre o comportamento doentio, febre, resposta neuroendócrina e neuroinflamação na prole de machos adultos após a administração de 1000 μg/Kg (i.p.) de lipopolissacarídeo (LPS). O comportamento doentio foi avaliado por meio dos testes de campo, interação social e nado forçado, a resposta neuroendócrina por meio a avaliação dos níveis de corticosternona e a neuroinflamação por meio da análise do nível de expressão de Proteína Glial Fibrilar Ácida por Western blotting. Nossos resultados avaliados em 2 e 6 horas após a administração do LPS demonstraram que o LPS induz um comportamento doentio prolongado nos filhotes machos adultos provenientes de mães alimentadas com a dieta hipoproteica, febre, aumento dos níveis de TNF-α e corticosterona plasmática, sem alterações na expressão de GFAP. Tais resultados evidenciam que a restrição proteica materna induz na prole adolescente comportamentos que se assemelham as principais características associadas ao DEA e induz um comportamento doentio prolongado nos filhotes machos adultos.
Abstract: The maternal behavior (MB) is fundamental to offspring survival and this type of behavior alterations can cause behavioral changes on adult offspring. In this study we evaluated if maternal protein restriction might influence in behavioral responses of adult puppies. Our results demonstrated that mothers fed with the restricted diet presented MB increase; however, this increase did not change behavioral responses of adult puppies. It is known that maternal proteic malnutrition might be a contributory factor for psychiatric disorders on descendants. Between psychiatric disorders, autism spectrum disorder (ASD) is one of the biggest challenges to be faced in the whole world. Due to this fact, we tested the correlation between maternal proteic restriction with similar symptoms to the autism on male puppies and female adolescents using for this behavioral assays in rodents, which resemble to the main behavioral characteristics observed in humans with ASD. During lactation, in postnatal day 5 (PND 5) ultrasonic vocalizations quantification (USV) was accomplished as well as homing behavior analysis at PND 13. During adolescence, at PND 30-32 puppies were evaluated in open field tests, hole board, play social behavior and object recognizing test. Results demonstrated that puppies from mothers fed with hypoproteic diet vocalized less and besides this demonstrated impairment on social discrimination in homing behavior test. In adolescence, offspring of hypoproteic mothers of both sexes did not present locomotor activity in the open field test (OF); however, they exhibited a stereotyped behavior in whole board test, decrease of joking behavior and male puppies’ offspring presented a higher concern to explore the familiar object. These results show that maternal proteic restriction causes behaviors in offspring that resemble to the main behavioral characteristics associated with ASD. It is still known that maternal malnutrition might affect immunologic system development, thus knowing that the sickness behavior depends on the neuroimmune crosstalk, another study objective of ours was to evaluate maternal proteic restriction effects on sickness behavior, fever, neuroendocrine response and neuroinflammation of adult male offspring after 1000 μg/Kg (i.p.) administration of lipopolysaccharide (LPS). The sick behavior in this study was evaluated by open field tests, social interaction and forced swim, the neuroendocrine response through the evaluation of corticosterone levels and neuroinflammation by analyzing the level of expression of Fibrillary Acid Glial Protein by Western blotting. Our results assessed at 2 and 6 hours after LPS administration demonstrated that LPS induces prolonged sickness behavior in adult male offspring from mothers fed the hypoprotein diet, fever, increased TNF-níveis levels, and plasma corticosterone levels without changes in the expression of GFAP. These results show that maternal protein restriction induces adolescent offspring behaviors that resemble the main features associated with ASD and induce prolonged sickness behavior in adult male offspring.
Palavras-chave: Deficiência de Proteína
Comportamento Materno
Transtorno Autístico
Comportamento Animal.
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::FISIOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Instituto de Ciências Biomédicas
Programa: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Citação: BATISTA, Tatiane Helena. Influência da desnutrição proteica materna sobre as respostas comportamentais e após estresse imunológico na prole. 2019. 136 f. Tese (Doutorado em Ciências Fisiológicas) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1606
Data de defesa: 25-Fev-2019
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