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Tipo do documento: Dissertação
Título: Representações sociais sobre o câncer de próstata segundo homens em atendimento oncológico
Autor: CARVALHO, Bianca de Moura Peloso 
Primeiro orientador: FAVA, Silvana Maria Coelho Leite
Primeiro coorientador: NASCIMENTO, Murilo César do
Primeiro membro da banca: LIMA, Rogério Silva
Segundo membro da banca: DÁZIO, Eliza Maria Rezende
Resumo: O câncer de próstata é um dos agravos mais incidentes, com altas taxas de morbimortalidade, devido ao diagnóstico tardio e ao tratamento em estágio avançado da doença. A construção histórico cultural dos ideais da masculinidade hegemônica, o estigma da doença e dos exames preventivos e os efeitos adversos do tratamento tem corroborado para esse panorama, o que torna essencial compreender a percepção do homem acerca do câncer de próstata. Estudo com o objetivo de compreender as representações sociais sobre o câncer de próstata, segundo homens em atendimento oncológico. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, do tipo Pesquisa de Representação Social, ancorada no referencial teórico-metodológico das Representações Sociais e do Discurso do Sujeito Coletivo, realizada em um ambulatório de alta complexidade oncológica no Sul de Minas Gerais, com 30 homens, com diagnóstico de câncer de próstata em atendimento oncológico. Coleta de dados por meio de entrevistas e de prontuários. Dados quantitativos analisados pela estatística descritiva e os qualitativos pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Constatou-se o predomínio de homens com idade entre 70-79 anos (46,67%), cor de pele parda (43,33%), casados (60%), ensino fundamental incompleto (60%), católicos (70%), praticantes (73,33%), residentes na zona urbana (90%), morando com companheira (33,33%), três filhos vivos (23,33%), sem acompanhamento de cuidador (86,67%), aposentados (80%), renda mensal de um a três salários mínimos (83,33%), que negavam etilismo (63,33%) e o hábito de fumar (50%), câncer primário localizado na próstata (96,67%), tempo de diagnóstico há mais de 12 meses (80%), sem metástase (76,67%), extensão local (70%), que se submeteram a radioterapia (86,66%). Construiu-se da análise dos dados o modelo das representações sociais a partir dos significados do câncer de próstata para o sujeito coletivo: Percepções, Sensações, Experiências/ Vivências; Sentimentos; Conhecimentos; Comportamentos, Atitudes e reações e as respectivas ideias centrais e frequência absoluta: “Coisa que não dói” (5), “Nada, Algo normal” (9), “Atrapalhou o sexo” (9), “Isso não tem cura” (4), “Uma doença curável”(8), “Preocupação, medo, aborrecimento e tristeza”(8), “Aprendizado para a vida”(7), “Surpresa e Susto”(6), “Algo ruim, difícil, sério, intenso, perigoso, que acaba com a vida e mata”(11), “Vergonha”(2), “Doencinha que não abalou, foi encarada sem medo”(10). As representações sociais que emergiram sobre o câncer de próstata possibilitaram a compreensão de que se trata de um fenômeno coletivo que influencia na elaboração individual de conceitos, valores, crenças e no comportamento diante ao processo de adoecimento. A linguagem socializada permitiu aos homens atribuírem ao câncer de próstata representações que denotaram experiências difíceis no enfrentamento da doença e do tratamento. Compreender essas representações sociais e se apropriar da identificação das diversas funções emergidas, associadas ao saber científico, podem permitir o desenvolvimento de uma filosofia de cuidado para atender as demandas complexas dos homens direcionadas às ações de educação em saúde e gestão da clínica, numa perspectiva contextualizada e integrada.
Abstract: Prostate cancer is one of the most frequent diseases, with high rates of morbidity and mortality, due to diagnosis and treatment in the advanced stage of the disease. The cultural historical construction of the ideals of masculinity, the stigma of the disease and preventive tests and the adverse effects of treatment have corroborated this panorama, which makes it essential to understand the perception of man about prostate cancer. This study aimed to understand the social representations about prostate cancer according to men undergoing oncological treatment and/or follow-up. This is a field research, with a qualitative approach, of the type Social Representation research, anchored in the theoretical-methodological framework of the Social Representations and the Discourse of the Collective Subject. It was carried out in an outpatient clinic of high oncologic complexity in the South of Minas Gerais, with 30 men, diagnosed with prostate cancer, undergoing treatment and/or follow-up. Data collection through interviews and medical records. Quantitative data analyzed by descriptive and qualitative statistics by collective subject discourse. There was a predominance of men aged 70-79 years (46.67%), brown skin color (43.33%), married (60%), with incomplete elementary education (60%), Catholics (70%), practitioners (73.33%), living in the urban area (90%), who lived with a partner (33.33%), with three living children (23.33%), without caregiver’s monitoring (86.67%), retired (80%), with monthly income of one to three minimum wages (83.33%), who denied alcohol consumption (63.33%) , and smoking (50%), with primary cancer located in the prostate (96.67%), with time of diagnosis for more than 12 months (80%), without metastasis (76.67%), with local extension (70%), who underwent radiotherapy (86.66%). Data analysis was constructed of the model of social representations from the meanings of prostate cancer for the collective subject: Perceptions, Sensations, Experiences; Feelings; Knowledge; Behaviors, Attitudes and reactions and their central ideas and absolute frequency: "Thing that does not hurt" (5), "Nothing, something normal" (9), "Disturbed sex" (9), "This has no cure" (4), "A curable disease"(8), "Worry, fear, annoyance and sadness"(8), "Learning for life"(7), "Surprise and Scare"(6), "Something bad, difficult, serious, intense, dangerous, which ends life and kills"(11), "Shame"(2), "Disease that did not shake, it was faced without fear"(10). The social representations that emerged about prostate cancer allowed the understanding that it is a collective phenomenon that influences the individual elaboration of concepts, values, beliefs and behavior before the disease process. Socialized language allowed men to attribute to prostate cancer representations that denoted difficult experiences in coping with the disease and treatment. Understanding these social representations and appropriating the identification of the various emerged functions that, associated with scientific knowledge, allows developing a philosophy of care to meet the complex demands of men for health education actions and clinical management, in a contextualized and integrated perspective.
Palavras-chave: Saúde do Homem
Neoplasias da próstata
Enfermagem
Enfermagem Oncológica
Psicologia Social
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Escola de Enfermagem
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: CARVALHO, Bianca de Moura Peloso. Representações sociais sobre o câncer de próstata segundo homens em atendimento oncológico. 2020. 178 f. Dissertação ( Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1696
Data de defesa: 27-Nov-2020
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