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Tipo do documento: Dissertação
Título: “Meu grito não tem medo do teu falo”: a formação política no interior de coletivos estudantis feministas do sul de Minas Gerais
Autor: BENETTI, Andréa Marques 
Primeiro orientador: GROPPO, Luís Antonio
Primeiro membro da banca: TOMIZAKI, Kimi Aparecida
Segundo membro da banca: FARIA, Marcos Roberto de
Resumo: Esta pesquisa propõe a investigação dos Coletivos Estudantis que se articulam em favor de políticas de igualdade de gênero, considerando a participação política de jovens mulheres estudantes no interior de quatro Organizações Juvenis de duas cidades no Sul de Minas Gerais. Surge a partir de reflexões sobre as Organizações Juvenis Feministas oriundas da minha participação no Grupo de Trabalho da Pesquisa "A dimensão educativa das organizações juvenis" desenvolvido como projeto de extensão na Universidade Federal de Alfenas. Tem como principal objetivo compreender como se dá o processo de formação política no interior das Organizações Juvenis Feministas, analisando a contribuição da vivência nos Coletivos para a formação de jovens mulheres. A pesquisa se caracteriza com caráter etnográfico, já que busca os processos culturais de significações próprias do grupo pesquisado e com os termos e conceitos “nativos” que podem ser observados na interação dos indivíduos com este grupo. Os instrumentos de coleta de dados são observação participante com produção de Diário de Campo e entrevistas semiestruturadas. Utilizo-me para tanto, do referencial proposto pelos antropólogos pós-coloniais do Terceiro Mundo, buscando descentralizar a tradução dos símbolos do olhar hegemônico europeu, focando-me nas categorias de subalternidades, propostas pela antropóloga indiana GayatriSpivak e o brasileiro José Jorge Carvalho. Para as análises de gênero, corpo e poder, utilizo-me do principalmente do arsenal teórico de Judith Butler e do filósofo Michel Foucault. Como principais resultados, podemos aponto para o caráter de fluidez e capacidade de articulação em Rede dos Coletivos estudados, além do profundo reflexo do momento político de retrocessos de direitos sobre o microespaço em que se inserem estas Organizações. Considero, finalmente, os Coletivos Estudantis Feministas como parte que compõe o coro de contradiscursos diante das hegemonias historicamente consolidadas na Educação e aponto seu caráter de construção política autorrepresentativa, portanto insurgente, conforme Jacques Rancière. Concluo, por fim, que os Coletivos das estudantes do interior de Minas Gerais nos auxiliam nos processos de deslocamento das narrativas imperialistas, movendo a condição subalterna para o centro dos discursos.
Abstract: This research proposes to investigate the Student Collective that articulate themselves pro equality of gender, considering the political participation of young student women inside four Youth Organizations from two cities in the countryside of Minas Gerais. From this point many reflections about these Young Feminist Organizations come up, due to my part in a research group called “The education dimension of the young organizations”, developed as an extension program in the Federal University of Alfenas. The main goal is to understand how these political formation processes happen inside the Young Feminist Organizations, analyzing the contribution of their own experience to these Collectives, to form these young women. The research has an ethnographic trait, since it seeks the understanding of the cultural processes of the own significances in the studied group, with terms and concepts considered “native”, that can be observed in the interactions of these individuals with the group. The gathering instruments of the data are the participant observation with the production of a Field Journal and semi structured interviews. I use, therefore, the references proposed by the post-colonial anthropologists from the Third World, aiming to decentralize the translation of the symbols from the European hegemonic perspective, focusing on the categories of subordination, proposed by the Indian and the Brazilian anthropologists, Gayatri Spivak and José Jorge Carvalho. To the analysis of body, power and gender, mainly do I use Judith Butler’s background and the philosopher Michael Foucault. As main results, we can point to the fluid trait and capacity from the articulation of the Students Collective, beyond the huge reflex of the political moment of regressions of civil rights over the micro-spaces in which these Organizations are inserted. I finally consider the Feminist Students Collectives as part of what makes the choir of counter discourses over the hegemonies consolidated on Education and I point its characteristic of political construction self-representative, therefore, insurgent, according to Jacques Rancière. Thus, I conclude that the Students Collectives from the countryside of Minas Gerais help us in the processes of the shifting of the imperialist narratives, putting the condition of subaltern in the middle of the speeches.
Palavras-chave: Coletivos Feministas
Organizações Juvenis
Formação Política
Gênero
Antropologia Pós-colonial
Área(s) do CNPq: FUNDAMENTOS DA EDUCACAO::SOCIOLOGIA DA EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: BENETTI, Andréa Marques. “Meu grito não tem medo do teu falo”: a formação política no interior de coletivos estudantis feministas do sul de Minas Gerais. 2019. 95 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1806
Data de defesa: 19-Set-2019
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