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Tipo do documento: Dissertação
Título: Representações sociais sobre o retinoblastoma e o acompanhamento das crianças acometidas segundo familiares
Autor: MELO, Jessica Luanda Lemos 
Primeiro orientador: NASCIMENTO, Murilo César do
Primeiro coorientador: SAWADA, Namie Okino
Primeiro membro da banca: COUTO, Leila Leontina
Segundo membro da banca: FAVA, Silvana Maria Coelho Leite
Resumo: O retinoblastoma é um tumor intraocular maligno primário do olho mais frequente na infância. Esse câncer gera impactos biopsicossociais significativos para as crianças acometidas e para seus familiares. É necessário compreender como os familiares acompanhantes se sentem no enfrentamento do retinoblastoma para facilitar as estratégias de bem-estar psicossocial e aprimorar as melhorias na assistência em saúde. Estudo com o objetivo de apreender as representações sociais sobre o retinoblastoma e o acompanhamento das crianças acometidas segundo familiares. Trata-se de uma pesquisa de representação social, de abordagem qualitativa, ancorada no Discurso do Sujeito Coletivo, realizada a partir de mídias sociais, que abordou 114 familiares de crianças brasileiras com retinoblastoma. Para a coleta de dados, foi elaborado um roteiro estruturado, com dados sociodemográficos das crianças, de seus familiares e pelas questões norteadoras: O que é o retinoblastoma para você? Para você, acompanhar alguém em tratamento para o retinoblastoma representa o quê? Dados quantitativos foram analisados pela estatística descritiva e os qualitativos, pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Constatou-se que a prevalência dos acompanhantes eram mães (92,98%); idade de 33,95 anos (53,51%); mais de 11 anos de escolaridade (63,16%), ocupação do lar (22,81%), renda familiar de um salário mínimo (28,95%); moradoras do estado de São Paulo (26,32%). Quanto às características das crianças, constatou-se a prevalência de média de idade de 51,72 meses de vida (4,31 anos); sexo feminino (55,26%); sem escolaridade (35,96%); com retinoblastoma unilateral (51,75%); com classificação não congênita e não hereditária (40,35%); utilizando para tratamento e acompanhamento os serviços do SUS (57,89%) e local de tratamento o estado de São Paulo (72,81%). As representações sociais emergidas pelos familiares sobre os significados do retinoblastoma foram: “Câncer ocular / tumor na retina”; “Doença que tem cura se tratada precocemente, apesar de grave”; “Tumor / câncer raro que pode ter origem genética / hereditária”; “Doença silenciosa, séria, difícil, agressiva, que gera medo e mexe com a família”; “Câncer / tumor que acomete bebês e crianças”; “Fase, enfrentamento, mudanças e nova vida”; “Doença desconhecida, pouco divulgada, sem informações, mas frequente” e “Outros significados”. As representações sociais emergidas pelos familiares sobre acompanhamento das crianças com retinoblastoma foram: “Amor, carinho, companheirismo, zelo e cuidado”, “Abrir mão de tudo, estar ao lado, suporte, entrega, doação e união”; “Coragem, força, fé, esperança de cura, resiliência, perseverança, missão e gratidão”; “Aprendizado, crescimento, mudança e lição de vida”; “Dor, medo, tristeza, angústia, estresse, tensão, sofrimento e dificuldades”; “Luta para salvar a vida, guerra, batalha contra a doença”; “Obrigação e responsabilidade”; “Algo fundamental e importante”; “ Outros significados”. Os familiares significaram de forma heterogênea as facetas do retinoblastoma, abordaram de modo integrado e articulado não só os significados da doença em si, mas representaram a experiência da vivência e do acompanhamento da criança com o retinoblastoma no contexto clínico e familiar. Depreende-se que uma abordagem biopsicossocial, prestada pela equipe multiprofissional, na qual os enfermeiros se apoiem nas representações sociais sobre o retinoblastoma para enriquecer a assistência às crianças e a seus parentes, seja uma estratégia de cuidado valiosa para o itinerário terapêutico em oncologia.
Abstract: Retinoblastoma is a primary malignant intraocular eye tumor of the eye that is most common in childhood. This cancer generates significant biopsychosocial impacts for affected children and their families. It is necessary to understand how the accompanying family members feel about coping with retinoblastoma to facilitate psychosocial well-being strategies and enhance improvements in health care. This research wants to apprehend the social representations of retinoblastoma and the monitoring of affected children according to family members. This is a social representation study, with a qualitative approach anchored in the Discourse of the Collective Subject. It was carried out through social media, which approached 114 family members of Brazilian children with retinoblastoma. For data collection, a structured script was created, with sociodemographic data of the children, their families, and the guiding questions: What is retinoblastoma for you? What do you think of following someone treating retinoblastoma? Quantitative data were analyzed using descriptive statistics and qualitative data using the Collective Subject Discourse. It was found that most of the companions were mothers (92.98%); age 33.95 years old (53.51%); more than 11 years of schooling (63.16%), housewives (22.81%); family income of one minimum salary (28.95%) and residents of the state of São Paulo (26.32%). As for the characteristics of the children, there was a prevalence of a mean age of 51.72 months of life (4.31 years); female (55.26%); no education (35.96%); with unilateral retinoblastoma (51.75%); with non-congenital and non-hereditary classification (40.35%); using the SUS services (57.89%) for treatment and monitoring and the state of São Paulo (72.81%). The social representations emerged by family members about the meanings of retinoblastoma were: “Ocular cancer / retinal tumor”; “Disease that can be cured if treated early, despite being severe”; “Rare tumor/cancer that may have genetic/hereditary origin”; “Silent, serious, difficult, aggressive disease that generates fear and affects the family”; “Cancer/tumor that affects babies and children”; “Phase, confrontation, changes, and new life”; “Unknown disease, little-publicized, no information, but frequent” and “Other meanings”; The social representations emerged by family members about monitoring children with retinoblastoma were: “Love, affection, companionship, zeal and care”; “Give up everything, be by your side, support, deliver, donation and union”; “Courage, strength, faith, hope for healing, resilience, perseverance, mission, and gratitude”; “Learning, growth, change and life lessons”; “Pain, fear, sadness, anguish, stress, tension, suffering and difficulties”; “Fight to save a life, war, battle against disease”; “Obligation and responsibility”; “Something fundamental and important” and “Other meanings”. The facets of retinoblastoma were represented heterogeneous by family members, addressed in an integrated and articulated way not only the meanings of the disease itself. But it also reflected the experience of living and monitoring the child with retinoblastoma in the clinical and family context. It concludes that a biopsychosocial approach, provided by the multidisciplinary team. In which nurses rely on social representations about retinoblastoma to enrich the care of children, their relatives are a valuable care strategy for the therapeutic itinerary in oncology.
Palavras-chave: Retinoblastoma
Família
Criança
Neoplasias oculares
Enfermagem
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Escola de Enfermagem
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: MELO, Jessica Luanda Lemos. Representações sociais sobre o retinoblastoma e o acompanhamento das crianças acometidas segundo familiares. 2021. 177 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1950
Data de defesa: 25-Nov-2021
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