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Tipo do documento: Dissertação
Título: Diferentes fontes de proteína e depressão em participantes de uma coorte brasileira: Estudo CUME
Autor: SILVA, Grasiela Junqueira 
Primeiro orientador: VIDIGAL, Fernanda de Carvalho
Primeiro coorientador: PIMENTA, Adriano Marçal
Primeiro membro da banca: DALA PAULA , Bruno Martins
Segundo membro da banca: CARRARO , Júlia Cristina Cardoso
Resumo: A depressão é um transtorno psiquiátrico com sintomatologia variável. O diagnóstico é baseado em conjunto de sinais e sintomas, apresentando disfunção do cérebro, alteração do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), do sistema imunológico e do eixo intestino-cérebro. Várias hipóteses são apresentadas para o desenvolvimento da depressão, entre elas a neuroinflamatória. Dieta e nutrição desempenham papéis significativos na prevenção da depressão e em seu tratamento clínico, principalmente em relação aos padrões alimentares, considerando o número, tipo, proporção ou combinação de diferentes alimentos na dieta e a frequência com que são habitualmente consumidos. Entre esses alimentos, diferentes fontes de proteínas parecem desempenhar um importante papel. Proteínas de fontes animais contribuem com todos os aminoácidos essenciais, enquanto as proteínas vegetais melhoram os marcadores pró-inflamatórios e as proteínas mistas estão relacionadas com um consumo de alimentos processados e ultraprocessados, alterando o equilíbrio intestinal e a síntese de neurotransmissores. O objetivo deste trabalho foi analisar o consumo alimentar de adultos da Coorte CUME, segundo a fonte proteica, e sua associação com a incidência da depressão entre os participantes. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, de coorte aberta (longitudinal) com 2572 participantes adultos do Estudo CUME. O consumo alimentar foi categorizado por fontes de proteína de origem animal, vegetal e mista. As análises estatísticas foram realizadas no Stata®, com nível de significância de 5%. Estatísticas descritivas foram avaliadas como frequências absolutas e relativas, médias e desvio-padrão, mediana e intervalo interquartil [IQR (p25 – p75)], de acordo com as categorias da variável desfecho. As diferenças estatísticas foram avaliadas pelos testes qui-quadrado de Pearson, t-Student ou ANOVA, aplicando correção de Bonferroni para ajustes de valor de “p”. As associações entre modelos brutos e multivariados por fontes de proteínas foram verificadas por regressão de Cox. Com base nos resultados, o estudo apresentou predominância do sexo feminino (63,61%; n = 1636), sendo que 40,47% (n = 1041) se encontravam na faixa etária de 30 a 39 anos e com uma taxa de 32,35/1000 participantes/ano de incidência de depressão na população estudada em uma mediana de tempo de acompanhamento de 3,72 anos (IQR 1,99-3,91). O consumo médio de proteína entre a população total foi de 105,53g/dia (DP = 30,39), sendo 66,24 g/dia (DP = 34,45) para proteína de fonte animal, 23,36 g/dia (DP = 9,43) de fonte vegetal e 15,93 g/dia (DP = 8,82) para proteína de fonte mista. O consumo energético médio foi de 2364,70 kcal/dia (DP = 928,00), com maior contribuição de alimentos in natura ou minimamente processados. Não houve associação entre o consumo de proteína total com a incidência de depressão ao longo do segmento, entretanto, a proteína vegetal mostrou-se como fator protetor para risco de incidência de depressão no quarto quintil (Q4) para todas as variáveis. O consumo de proteínas de fonte vegetal diminuiu em 47% o risco de depressão.
Abstract: Depression is a psychiatric disorder with variable symptoms. The diagnosis is based on a set of signs and symptoms, showing brain dysfunction, changes in the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis, the immune system and the intestine-brain axis. Several hypotheses are presented for the development of depression, including the neuroinflammatory one. Diet and nutrition play significant roles in the prevention of depression and in its clinical treatment, especially in relation to eating patterns, considering the number, type, proportion or combination of different foods in the diet and the frequency with which they are habitually consumed. Among these foods, different protein sources seem to play an important role. Proteins from animal sources contribute with all the essential amino acids, while plant proteins improve pro-inflammatory markers and mixed proteins are related to the consumption of processed and ultra-processed foods, altering the intestinal balance and the synthesis of neurotransmitters. The objective of this study was to analyze the dietary intake of adults from the CUME Cohort, according to the protein source and its association with the incidence of depression among the participants. This is an epidemiological, observational, open cohort (longitudinal) study with 2572 adult participants of the CUME Project. Food consumption was categorized by animal, vegetable and mixed sources of protein. Statistical analyzes were performed using Stata®, with a significance level of 5%. Descriptive statistics were evaluated as absolute and relative frequencies, means and standard deviation, median and interquartile range (IQR (p25 – p75)), according to the categories of the outcome variable. Statistical differences were evaluated by Pearson's chi- square test, Student's t-test or ANOVA, applying Bonferroni correction for “p” value adjustments. Associations between crude and multivariate models by protein sources were verified by Cox regression. Based on the results, the study showed a predominance of females (63.61%; n = 1636), with 40.47% (n = 1041) aged between 30 and 39 years old and with a rate of 32 .35/1000 participants/year of incidence of depression in the study population at a median follow-up time of 3.72 years (IQR 1.99-3.91). The average consumption of protein among the total population was 105.53g/day (SD = 30.39), with 66.24 g/day (SD = 34.45) for protein from animal sources, 23.36 g/day (SD = 9.43) of vegetable source and 15.93 g/day (SD = 8.82) for mixed source protein. The average energy consumption was 2364.70 kcal/day (SD = 928.00), with a greater contribution of fresh or minimally processed foods. There was no association between the consumption of total protein and the incidence of depression throughout the segment, however, vegetable protein proved to be a protective factor for the risk of incidence of depression in the fourth quintile (Q4) for all variables. Consumption of plant-based proteins reduced the risk of depression by 47%.
Palavras-chave: Proteína animal
Proteína vegetal
Proteína mista
Incidência
Depressão
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Faculdade de Nutrição
Programa: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade
Citação: SILVA, Grasiela Junqueira. Diferentes fontes de proteína e depressão em participantes de uma coorte brasileira: Estudo CUME. 2023. 93 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição e Longevidade) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2357
Data de defesa: 24-Mar-2023
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