Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2523
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Consumo de alimentos ultraprocessados por crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 |
Autor: | SILVA, Marcella Zaché ![]() |
Primeiro orientador: | SILVA, Rosangela da |
Primeiro coorientador: | SIMÕES, Tânia Mara Rodrigues |
Primeiro membro da banca: | OLIVEIRA, Ana Flavia de |
Segundo membro da banca: | BARRA, Roberta Ribeiro Silva |
Resumo: | O diabetes, independentemente da categoria, é uma das emergências de saúde global que mais crescem no século XXI. Tratando-se do diabetes tipo 1, o Brasil encontra-se em terceiro lugar quanto à incidência mundial da doença. Com os avanços tecnológicos, a expectativa de vida das pessoas com diabetes tipo 1 obteve um aumento progressivo, contudo, esses pacientes ainda apresentam mortalidade prematura. Dessa forma, considerando o caráter genético para desenvolvimento do diabetes tipo 1 e, portanto, a necessidade do enfoque em fatores que previnem suas complicações, especialmente aqueles referentes ao estilo de vida e à alimentação são de extrema importância. Objetivou-se investigar o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) em população pediátrica com diabetes mellitus tipo 1 e sua associação com fatores socioeconômicos, de estilo de vida, controle glicêmico e inflamação. Trata-se de um estudo transversal, por amostragem de conveniência, com indivíduos de ambos os sexos e idade entre 3 a 17 anos, assistidos pelo ambulatório de endocrinologia pediátrica de um hospital localizado em Vitória/ES. Por meio de questionário semiestruturado, foram coletados dados pessoais, de saúde e medidas antropométricas aferidas. Procedeu-se também com a aplicação de três recordatórios de 24 horas, em 3 diferentes momentos. Para a análise estatística, utilizou-se o Teste t Student, p<0,05. Dos 63 participantes avaliados 9,5% eram pré-escolares, 30,2% escolares e 60,3% adolescentes. Ainda sobre a caracterização da população, observou-se que os participantes em sua maioria foram do sexo feminino (63,5%) e pretos/pardos (77,8%). A média de idade geral correspondeu a 10,60±4 anos. A média de energia de consumo de alimentos ultraprocessados pela população estudada correspondeu a 19,2%±14,9%. Ao se avaliar a associação entre a variável desfecho (consumo de ultraprocessados) e as variáveis socioeconômicas, não encontramos diferença estatística significativa, exceto para escolaridade materna (p= 0,027). Quando avaliada a associação entre consumo de ultraprocessados com variáveis de estilo de vida não houve diferença estatística: nível de atividade física (p= 0,927), tempo de exposição diária às telas (p= 0,981), tempo de tela após às 18 horas (p= 0,240) e consumo de frutas/verduras/legumes (p= 0,315). Para este estudo ainda, observou-se que não houve associação entre o consumo de ultraprocessados com o índice de massa corporal: z-escore (p= 0,994), relação cintura:estatura (p= 0,979), perímetro do 5 pescoço (p= 0,819). Em contrapartida, no que diz respeito ao percentual de gordura, observamos que houve significância entre a média de consumo de ultraprocessados com essa variável (p= 0,001). Em suma, os resultados do presente estudo ratificam a necessidade de tratamento clínico-nutricional precoce e integral de crianças e adolescentes que vivem com diabetes mellitus tipo 1. Para além disso, acreditamos que os dados encontrados poderão contribuir para reformulação de políticas públicas preventivas em saúde e para que métodos de gerenciamento clínico da doença sejam mais efetivos, com vistas à qualidade de vida e longevidade da população com diabetes mellitus tipo 1. |
Abstract: | Diabetes, regardless of category, is one of the fastest growing global health emergencies of the 21st century. With regard to type 1 diabetes, Brazil ranks third in terms of the world's incidence of the disease. With technological advances, the life expectancy of people with type 1 diabetes has progressively increased, however, these patients still have premature mortality. Thus, considering the genetic character for the development of type 1 diabetes and, therefore, the need to focus on factors that prevent its complications, especially those related to lifestyle and diet, are extremely important. The objective was to investigate the consumption of ultraprocessed foods (UPA) in a pediatric population with type 1 diabetes mellitus and its association with socioeconomic, lifestyle, glycemic control and inflammation factors. This is a cross-sectional study, using convenience sampling, with individuals of both sexes and aged between 3 and 17 years old, assisted by the pediatric endocrinology clinic of a hospital located in Vitória/ES. Through a semi-structured questionnaire, personal and health data and anthropometric measurements were collected. Three 24-hour recalls were also applied, at 3 different times. For statistical analysis, Student's t test was used, p<0.05. Of the 63 participants assessed, 9.5% were preschoolers, 30.2% schoolchildren and 60.3% adolescents. Still on the characterization of the population, it was observed that the majority of participants were female (63.5%) and black/brown (77.8%). The average general age corresponded to 10.60±4 years. The average energy consumption of ultra-processed foods by the studied population corresponded to 19.2%±14.9%. When evaluating the association between the outcome variable (consumption of ultra-processed foods) and socioeconomic variables, we found no statistically significant difference, except for maternal education (p= 0.027). When evaluating the association between consumption of ultra-processed foods and lifestyle variables, there was no statistical difference: level of physical activity (p= 0.927), time of daily exposure to screens (p= 0.981), screen time after 6 pm (p = 0.240) and consumption of fruits/vegetables/legumes (p= 0.315). For this study, it was observed that there was no association between consumption of ultra-processed foods and body mass index: z-score (p= 0.994), waist:height ratio (p= 0.979), neck circumference (p= 0.819 ). On the other hand, with regard to the percentage of fat, we observed that there was significance between the average consumption of ultra-processed foods and this 7 variable (p= 0.001). In short, the results of the present study confirm the need for early and comprehensive clinical-nutritional treatment of children and adolescents living with type 1 diabetes mellitus. Furthermore, we believe that the data found may contribute to the reformulation of preventive public health policies and for more effective methods of clinical management of the disease, with a view to the quality of life and longevity of the population with type 1 diabetes mellitus. |
Palavras-chave: | Alimentos ultraprocessados Diabetes Criança Adolescente Estado nutricional |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Alfenas |
Sigla da instituição: | UNIFAL-MG |
Departamento: | Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade |
Citação: | SILVA, Marcella Zaché. Consumo de alimentos ultraprocessados por crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. 2023. 77 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição e Longevidade) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2023. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2523 |
Data de defesa: | 29-Mar-2023 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Nutrição e Longevidade |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Dissertacao de Marcella Zaché Silva.pdf | 867,7 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.