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https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2645
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Influência da relação binômio pais-filhos na resiliência, estresse, práticas parentais e letramento em saúde bucal |
Autor: | RIBEIRO, Maria Eugênia Domingueti Rabelo ![]() |
Primeiro orientador: | RODRIGUES, Heloisa de Sousa Gomes |
Primeiro coorientador: | LIMA, Daniela Coelho de |
Primeiro membro da banca: | OLIVEIRA, Daniela Silva Barroso de |
Segundo membro da banca: | SILVA, Josie Resende Torres da |
Resumo: | O estresse é uma resposta do organismo frente a diversos estímulos e pode afetar o cuidado parental. A parentalidade pode estar associada a momentos de desequilíbrio entre os recursos que os pais possuem para lidar com as demandas do seu papel, desencadeando o estresse parental. A resiliência entra nesse processo como a capacidade de enfrentamento dos pais, de forma positiva, à essas situações adversas. O tratamento odontológico infantil é um estímulo estressor, uma vez que causa medo e ansiedade para muitas crianças e seus pais. Foi realizado um estudo transversal que avaliou a capacidade de resiliência, o estresse, as práticas parentais e o letramento em saúde bucal (LSB) de pais de crianças de 04 a 12 anos de idade atendidas na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas, bem como os fatores relacionados. Para isso, foram utilizadas a Escala de Resiliência, Escala de Estresse Parental, Escala de Estresse Percebido, Inventário de Práticas Parentais e a versão brasileira da escala Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry (BREALD-30) . Ademais, utilizou-se um questionário estruturado para avaliar dados sociodemográficos, e ficha clínica para avaliar a condição de saúde bucal, através do índice ceod/CPOD. Após a confirmação da não normalidade dos dados, os testes de Kruskal-Wallis, Mann Whitney, QuiQuadrado, Regressão Binária e de Poisson foram realizados através do software SPSS 22.0 (P<0,05). Participaram 153 pares de pai-filho, no qual 53,6% (n=82) eram crianças do sexo masculino, com idade média de 7,62 (±2,32) anos, e 88,1%, (n=118) eram responsáveis mulheres, com 35,91 (±9,70) anos como idade média. Foi encontrado associação significativa entre resiliência e estresse percebido (P<0,01), e práticas parentais (P<0,01), os quais aqueles responsáveis que faziam parte do grupo de baixa resiliência apresentaram maiores níveis de estresse percebido, e menor envolvimento com os filhos. Os fatores como ser pais de meninos ([RP]:2,75; [IC95%]: 1,21-6,24) e trabalhar o dia todo ([RP]:0,21; [IC95%]:0,06-0,67) obtiveram associação com os níveis de estresse parental. A condição de trabalho, como trabalhar o dia todo também apresentou associação estatisticamente significativa com o estresse percebido ([RP]: 0,80; [IC95%]:0,67-0,95). Além disso, as práticas parentais ([RP]:0,97; [IC95%]: 0,96-0,99) e o LSB ([PR]:0.97; [CI95%]: 0.95-0.99) apresentaram associação com a condição bucal dos filhos, os quais filhos de pais com maiores níveis de envolvimento e maior LSB tinham uma melhor condição bucal. A partir desses dados, conclui-se que a resiliência dos pais, está diretamente associada às práticas parentais, à maneira como se envolvem com os filhos e aos níveis de estresse percebido, adquirido devido às situações do cotidiano. Sendo assim, a resiliência não está atrelada apenas ao estresse parental, mas ao estresse geral. Por outro lado, o estresse parental obteve relação com o trabalho e sexo do filho, sendo que pais que não trabalham fora e pais de meninos apresentaram níveis mais altos de estresse. Ademais, foi observada associação entre as práticas parentais e o LSB com a condição bucal dos filhos, além de outros fatores como o sexo da criança, idade e condição socioeconômica. |
Abstract: | Stress is the body's response to various stimuli and can affect parental care. Parenting may be associated with moments of imbalance between the resources parents have to handle their role demands, triggering parental stress. Resilience comes into this process as the parents' ability to positively cope with these adverse situations. Pediatric dental treatment is a stressful stimulus, as it causes fear and anxiety for many children and their parents. A cross-sectional study was conducted to evaluate the resilience, stress, parental practices and oral health literacy (OHL) of parents of children aged 4 to 12 years treated at the Pediatric Dentistry Clinic of the Faculty of Dentistry of the Federal University of Alfenas, as well as the related factors. For this, the Resilience Scale, Parental Stress Scale, Perceived Stress Scale, Parental Practices Inventory and a brazilian versios of the Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry (BREALD-30) were used. Additionally, a structured questionnaire was used to evaluate sociodemographic data, and a clinical record was used to assess oral health status through the dmft/DMFT index. After confirming the non-normality of the data, Kruskal-Wallis, Mann Whitney and Chi-Square, Binary Regression, and Poisson Regression tests were performed using SPSS 22.0 software (P<0.05). A total of 153 parent-child pairs participated, of which 53.6% (n=82) were male children, with a mean age of 7.62 (±2.32) years, and 88.1% (n=118) were female caregivers, with a mean age of 35.91 (±9.70) years. An association was found between resilience and perceived stress (P<0.01), and parental practices (P<0.01), where those in the low resilience group had higher levels of perceived stress and less involvement with their children. Factors such as being parents of boys ([PR]:2.75; [95%CI]: 1.21-6.24) and working all day ([PR]:0.21; [95%CI]:0.06-0.67) were associated with parental stress levels. The work condition, such as working full-time, also showed a statistically significant association with perceived stress ([PR]: 0.80; [95%CI]:0. 67-0.95). Additionally, parental practices ([RP]:0.97; [IC95%]: 0.96-0.99) and OHL ([PR]:0.97; [CI95%]: 0.95-0.99) were associated with children’s oral health status, where children of parents with higher levels of involvement and higher OHL, had better oral condition. From these data, it is concluded that parental resilience, is directly associated with parenting practices, how they engage with their children, and perceived stress levels acquired due to everyday situations. Thus, resilience is not linked to parental stress but to general stress. On the other hand, parental stress was related to employment and the child’s gender, with parents who do not work outside the home and parents of boys showing higher levels of stress. Additionally, an association was observed between parental practices and OHL and children’s oral health status, as well as other factors such as the child’s gender, age, and socioeconomic status. |
Palavras-chave: | Cárie Dentária Estresse Psicológico Odontopediatria Resiliência Psicológica Tratamento Odontológico |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Alfenas |
Sigla da instituição: | UNIFAL-MG |
Departamento: | Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas |
Citação: | RIBEIRO, Maria Eugênia Domingueti Rabelo. Influência da relação binômio pais-filhos na resiliência, estresse, práticas parentais e letramento em saúde bucal. 2024. 141 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Odontológicas) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Embargado |
URI: | https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2645 |
Data de defesa: | 8-Ago-2024 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Ciências Odontológicas |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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