@MASTERSTHESIS{ 2019:1966037836, title = {Condições de saúde bucal em um município brasileiro}, year = {2019}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1540", abstract = "Os levantamentos epidemiológicos são importantes para o conhecimento da prevalência e tipologia das doenças bucais, podendo-se a partir dos dados coletados, planejar, executar e avaliar ações e intervenções em saúde bucal no município. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as principais condições de saúde bucal em escolares de 5 e 12 anos de um município brasileiro. Estudo do tipo observacional transversal no qual foram examinadas 453 crianças da rede pública de ensino da zona urbana do município de Alfenas/MG. Pesquisou-se aos 5 anos a prevalência e gravidade de cárie dentária em coroa e prevalência de oclusopatias; e aos 12 anos a condição periodontal, a prevalência e gravidade da fluorose dentária, e a prevalência de traumatismo dentário. Os dados foram coletados nas unidades escolares, seguindo todas as recomendações éticas para este tipo de estudo. Uma calibração foi realizada para cada agravo, com dentistas e auxiliares da rede pública, e obteve-se uma concordância inter-examinadores geral de 93,8% e um coeficiente kappa de 0,86. Os exames epidemiológicos foram realizados sob iluminação natural conforme os critérios preconizados pelo SB Brasil 2010 - Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Realizou-se ainda um estudo descritivo retrospectivo do município (2008 a 2018), a partir das informações em saúde bucal disponibilizadas nos sistemas de informações públicos. A prevalência da cárie dentária de coroa aos 5 anos (N = 215) foi de 49,77%, e aos 12 anos (N=238), foi de 69,33%. O índice CPO-D médio encontrado aos 5 e 12 anos de idade foram, respectivamente, 1,93 (IC95% 1,59-2,32) e 2,13 (IC95% 2,01-2,64), com predomínio do componente cariado em ambas idades. A necessidade mais frequente de algum tratamento para cárie foi de restaurações de uma superfície para 12 anos e de restaurações de duas ou mais superfícies para 5 anos. Na condição oclusal, 68,84% das crianças de 5 anos apresentam pelo menos uma alteração que necessitasse de assistência, sendo mais prevalentes a sobressaliência (28,16%) e sobremordida (53,81%); e aos 12 anos a prevalência de oclusopatia definida, severa e muito severa foram de 22,69%, 12,18% e 9,66%, respectivamente. Aos 12 anos 69,33% das crianças apresentaram todos os sextantes hígidos, e a presença de cálculo foi a pior condição periodontal observada (24,37%), sendo o sextante inferior central o mais acometido (21,85%). Ainda aos 12 anos foram identificados apenas 2,15% de dentes com lesões traumáticas dentárias, e prevaleceram 10,92% crianças com fluorose, nível de severidade muito leve. Por fim, verificou-se nos dados secundários uma redução dos procedimentos coletivos-preventivos e um aumento dos individuais-curativos de urgência, mesmo com uma cobertura de saúde bucal na atenção básica expressiva. O presente estudo apontou uma tendência de crescimento da prevalência e da gravidade da cárie dentária com o avançar da idade, além de uma prevalência alta de oclusopatias em ambas as idades. Além disso, constatou-se uma redução nos indicadores dos serviços odontológicos, principalmente preventivos coletivos e manutenção do modelo curativo-mutilador. Diante desses resultados, são necessárias medidas preventivas e assistenciais para cárie dentária e condições oclusais, bem como mudança no modelo de atenção à saúde bucal.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas}, note = {Faculdade de Odontologia} }