@MASTERSTHESIS{ 2018:135681988, title = {Avaliação dos efeitos do tratamento com ravuconazol em combinação com anlodipino na infecção experimental por Trypanosoma cruzi}, year = {2018}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1596", abstract = "A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, afeta cerca de 8 milhões de indivíduos. Não há tratamento etiológico eficaz e seguro para a fase crônica da infecção, o que motiva a busca por novas alternativas terapêuticas. Nesse sentido, a combinação de fármacos é uma estratégia promissora, principalmente quando utiliza fármacos já aprovados para uso clínico. O ravuconazol (Ravu) é um antifúngico que apresenta atividade anti-T. cruzi bem estabelecida in vitro e in vivo, no entanto não é eficaz em induzir cura parasitológica quando usado em monoterapia. O anlodipino (Anlo) é um bloqueador de canais de cálcio amplamente utilizado na clínica como anti-hipertensivo e estudos anteriores demonstraram sua atividade tripanossomicida. No presente estudo foram avaliados os efeitos de combinações de Ravu e Anlo na infecção experimental pela cepa Y de T. cruzi. Inicialmente foram realizados estudos in vitro para investigar o potencial citotóxico da combinação para as células hospedeiras e identificar a natureza da interação entre os fármacos sobre diferentes formas evolutivas do parasito. Para as avaliações in vivo, camundongos Swiss experimentalmente infectados ou não foram tratados por via oral durante 20 dias consecutivos com subdoses de ravuconazol (2,5 e 5 mg/Kg) isoladamente e em associação com 10 mg/Kg de anlodipino. A resposta ao tratamento foi avaliada considerando os parâmetros: supressão e reativação da parasitemia, mortalidade e detecção do DNA do parasito, por PCR, em amostras de sangue aos 60 dias após o tratamento. Ainda, foi avaliada a influência dos tratamentos nos perfis de citocinas e resposta humoral dos animais. Os resultados mostraram que não houve toxicidade adicional resultante da utilização combinada dos fármacos in vitro e o perfil de interação entre Ravu e Anlo foi dependente da forma evolutiva do parasito utilizada, sendo antagônica sobre formas tripomastigotas e sinérgica quando consideradas as amastigotas intracelulares. Os estudos em modelo murino mostraram que a administração da associação foi bem tolerada na ausência e presença da infecção. Altos níveis de parasitemia e 50% de mortalidade foram detectados nos camundongos infectados e não tratados. A administração de Ravu, em monoterapia ou combinado, induziu redução do parasitismo, sendo observada supressão da parasitemia durante todo o tratamento, protegendo os animais da mortalidade. Já o Anlo quando usado de forma isolada foi eficaz em reduzir o número de formas tripomastigotas detectadas no pico de parasitemia, mas não reduziu a mortalidade. De forma interessante, os tratamentos combinados foram eficazes em aumentar de duas a quatro vezes os índices de cura quando comparados às monoterapias com Ravu, evidenciando uma interação positiva entre fármacos in vivo. A análise dos níveis plasmáticos de IgG anti-T.cruzi confirmou os achados da avaliação parasitológica, com redução drástica da quantidade de anticorpos até 60 dias após o tratamento. Ainda, o perfil de citocinas identificado em amostras de soro dos animais infectados e tratados com a combinação foi semelhante ao identificado para os camundongos saudáveis. Os resultados permitem concluir que há efeito benéfico resultante da combinação de Ravu com Anlo no tratamento da infecção experimental aguda pela cepa Y de T. cruzi.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas}, note = {Instituto de Ciências da Natureza} }