@MASTERSTHESIS{ 2017:1313776836,
 	title = {Os sentidos do trabalho para os recuperandos e egressos da APAC de Campo Belo/MG},
 	year = {2017},
 	url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1634",
 	abstract = "Este estudo se propôs a compreender os sentidos do trabalho para os indivíduos que
 viveram ou estão vivendo o cumprimento de pena em restrição de liberdade.
 Atualmente, a crise no sistema prisional brasileiro é apontada como um dos assuntos
 mais urgentes que carecem de soluções e intervenções dos órgãos públicos, como se
 a falência do sistema fosse característica dos tempos atuais e sua necessidade de
 reforma típica do momento presente, o que é contestado por Foucault. O trabalho
 encarcerado é tema de discussões em relação aos seus objetivos; afinal, para que
 trabalham os presos? Por isso, a necessidade de compreender os sentidos atribuídos
 pelos próprios presos ao trabalho e a relação que estabelecem com esta categoria
 considerada como central na vida dos sujeitos(uma vez que propicia a transformação
 de si mesmo e do mundo) insere a práxis social como habilidade humana, vincula e
 cria o sentimento de pertença a um determinado grupo, possibilitando ao indivíduo se
 reconhecer no que faz, e, portanto, como Karl Marx compreende, modificar-se por
 meio da experiência laboral. O local escolhido para aplicação deste projeto foi a APAC
 (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) de Campo Belo/MG em
 função da facilidade de acesso da autora. Foram realizadas entrevistas em
 profundidade com 10 sujeitos, sendo 5recuperandos do regime fechado e 5 egressos,
 que haviam cumprido pena na instituição. As entrevistas foram realizadas mediante
 de um roteiro, sendo elas gravadas e transcritas. Pode-se constatar que, de modo
 geral, os sujeitos não conseguem identificar as potencialidades do trabalho,
 restringindo a categoria aos aspectos de sobrevivência, ao preenchimento do tempo,
 à obrigação e à possibilidade de obter recursos financeiros que permita o consumo.
 Na análise dos dados de alguns egressos foi possível averiguar definições mais
 elaboradas que identificam o trabalho ao seu caráter transformador, constituidor da
 identidade humana, responsável pelas interações e sociabilidades e capazes de
 fornecer ao sujeito que trabalha um reconhecimento perante o outro. Tais egressos
 estabeleceram vínculos mais profundos com a APAC e seus voluntários, que
 contribuíram diretamente com as mudanças na sua relação com o trabalho durante e
 após a prisão. Em relação ao trabalho dentro da APAC de Campo Belo, que conforme
 o método APAC é um dos elementos importantes na recuperação e mudança de vida
 do preso, fica claro a diferença em relação ao sistema comum (que não oferece
 opções), sendo atribuído ao trabalho o sentido apenas da obrigação, um trabalho
 opressor, como o próprio sistema. Ainda que a APAC consiga resgatar o caráter de
 humanidade do trabalho, sua proposta em relação ao regime semiaberto é bastante
 criticada, sendo considerada aquém das necessidades e potencialidades da
 instituição e dos recuperandos que ali cumprem sua pena.",
 	publisher = {Universidade Federal de Alfenas},
 	scholl = {Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional - Profiap},
 	note = {Instituto de Ciências Sociais Aplicadas}
}