@MASTERSTHESIS{ 2013:337779670, title = {Violência doméstica contra a mulher no município de Guaxupé - MG, Brasil}, year = {2013}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/323", abstract = "A violência contra a mulher é um problema de saúde pública, uma vez que acompanha toda a sociedade e que ocorre em todos os níveis de desenvolvimento social e econômico. Os serviços de saúde e as delegacias de polícia são os locais mais frequentemente procurados por essas mulheres, ocupando, portanto, lugar de destaque no manejo desses casos. Estudo com abordagem metodológica quantitativa, do tipo descritivo, exploratório e transversal e teve como objetivo identificar a existência de violência contra a mulher no município de Guaxupé, Minas Gerais, entre as usuárias da Estratégia de Saúde da Família (ESFs) e as que registram boletim de ocorrência (BO) na Delegacia Regional da Polícia Civil. A coleta de dados foi realizada em dois momentos: primeiramente foram aplicados questionários às mulheres residentes nas áreas adstritas das ESFs e posteriormente realizou-se a avaliação da violência contra a mulher, com o estudo dos BOs, na delegacia. Foram aplicados 348 questionários às mulheres das ESFs e estabeleceu-se 95% de confiança e margem de erro de 5%. Para as análises estatísticas descritivas e analíticas foi utilizado o software SPSS, versão 17, utilizando o teste Qui-quadrado, o Exato de Fischer e o Kruskal-Wallis para explorar as relações existentes entre as variáveis do estudo. Verificou-se que 37,6% das mulheres entrevistadas sofreram violência doméstica em algum momento de suas vidas, sendo que a violência psicológica e moral foi a mais identificada entre as mesmas, seguida da violência física, sexual e patrimonial. Os principais agressores dessas mulheres foram os ex-cônjuges (37,4%) e os cônjuges (35,9%) e, no ato da agressão, 41,6% destes estavam alcoolizados. O ambiente doméstico foi o local de maior ocorrência da violência, enquanto 34,4% afirmaram ter denunciado seu agressor junto à delegacia. Num segundo momento, foram coletados 163 BOs que se enquadravam na Lei Maria da Penha, onde as vítimas eram mulheres, e estabeleceu-se 95% de confiança e margem de erro de 4,4%. A maioria das vítimas e dos agressores se encontra na faixa etária entre 20 e 34 anos e foi encontrado um baixo nível de escolaridade entre os envolvidos nas denúncias. Os finais de semana foram considerados os mais propícios para ocorrer violência contra a mulher, sendo que 49% dos BOs foram registrados aos sábados e domingos, período este em que o agressor fica mais tempo no domicílio, principalmente no período da noite, entre as 18h e 23h. Em 66,7% dos BOs não foi encontrada presença de lesão física contra a vítima, e os agressores dessas mulheres, em sua maioria, eram seus companheiros ou ex-companheiros. Relacionando os BOs com as áreas adstritas das ESFs do município percebe-se que 27,6% destes compreendem endereços correspondentes a essas áreas. Os resultados corroboram com pesquisas anteriores realizadas no país para descrever o fenômeno da violência contra a mulher e apontam para a necessidade de intervenção multiprofissional e intersetorial junto às vítimas e suas famílias, como também a criação de políticas públicas direcionadas a esses casos, de forma a promover a integralidade das ações voltadas para o bem estar e segurança dos envolvidos, tanto no âmbito judicial, quanto no da saúde. Para o município, este estudo passa a constituir os primeiros dados sobre violência contra a mulher, relacionados com o serviço de saúde, o que permitirá à saúde pública implementar ações de prevenção mais efetivas", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Escola de Enfermagem} }