@MASTERSTHESIS{ 2019:519957278, title = {Efeitos do hipotireoidismo induzido experimentalmente no comportamento depressivo e na farmacocinética da venlafaxina em ratos wistar adultos}, year = {2019}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1674", abstract = "O hipotireoidismo é um distúrbio com alta incidência mundial, sendo sua maior causa relacionada à deficiência de iodo na dieta. Indivíduos com hipotireoidismo geralmente desenvolvem comorbidades relacionadas à falta dos HT; como exemplo de uma dessas doenças está a depressão. Em alguns casos, pacientes com depressão não respondem bem ao tratamento com fármacos antidepressivos, sendo uma possível causa para este fato, a falta de reposição hormonal de tiroxina (T4). Sendo assim, o presente trabalho propõe avaliar se o hipotireoidismo induzido experimentalmente, com reposição ou não de T4, altera a farmacocinética da venlafaxina, avaliando se existe relação entre hipotireoidismo e comportamento depressivo em ratos Wistar machos. A avaliação foi feita comparando-se ratos com indução experimental de hipotireoidismo por duas formas diferentes, através da tireoidectomia (Tx) e tratamento com metimazol (MMI), com reposição e sem a reposição hormonal de T4 (20μg/kg/dia v.o). Foram considerados animais controles do procedimento cirúrgico aqueles submetidos à cirurgia simulada (SHAM). Para caracterização do quadro de hipotireoidismo foram realizadas dosagens hormonais de T4 livre, hormônio estimulador de tireócitos (TSH), bem como a medida das massas de tecidos relacionados à função do eixo tireoidiano [hipófise, adeno-hipófise, tecido adiposo marrom (TAM), tecido adiposo branco (TAB) perigonadal e a tireoide]. Para avaliação do comportamento depressivo foram realizados os testes de nado forçado e de preferência à sacarose. Em relação à farmacocinética, foram realizadas coletas de sangue para análise de venlafaxina através da canulação nos tempos de 0-12h; as dosagens foram realizadas em cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, em método desenvolvido e validado segundo normas da ANVISA. De acordo com os resultados, os grupos sem reposição hormonal, Tx e MMI, e o grupo Tx com reposição apresentaram concentrações plasmáticas menores de T4 livre em relação ao grupo SHAM, respectivamente (0,3; 0,3; 1,1 vs. 1,7ng/dL); o grupo MMI com reposição apresentou valores de T4 semelhantes ao SHAM. Sobre as análises de massa da adeno-hipófise, tireoide e TAM; foram observados valores reduzidos no TAM dos grupos sem reposição, Tx e MMI, em comparação ao SHAM, respectivamente (73,4; 75,9 vs. 12,6mg/100g) e aumentadas para a adeno-hipófise (3,4; 3,1 vs. 2,2mg/100g) e a tireoide (14,0 vs. 4,7mg/100g MMI vs. SHAM). Esses resultados apontam o correto funcionamento do mecanismo de retroalimentação negativa no eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. Em relação ao comportamento depressivo, somente o grupo MMI sem reposição apresentou maior tempo de imobilidade (153,6 vs. 86,9s) e menor preferência por sacarose (80,0 vs. 94,8%) comparado ao SHAM. A avaliação dos parâmetros farmacocinéticos mostraram alterações no grupo Tx sem reposição hormonal, como o aumento de AUC (4403,7 vs. 1037,5ng.h/mL), meia-vida (2,9 vs. 1,3h), concentração máxima (880,4 vs. 432,2ng/mL), diminuição do clearance (4,2 vs. 19,8L/h/kg), frente ao grupo SHAM. Diante dos resultados, é possível concluir que o indício de comportamento depressivo foi caracterizado no grupo MMI sem reposição hormonal e o modelo de indução baseado na tireoidectomia foi capaz de alterar os parâmetros farmacocinéticos da venlafaxina sugerindo que que a falta dos HT presentes no hipotireoidismo interfere na farmacocinética da venlafaxina.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Faculdade de Ciências Farmacêuticas} }