@PHDTHESIS{ 2020:2120425633, title = {Participação de neurotransmissores atípicos (endocanabinoides e sulfeto de hidrogênio) no comportamento doentio em ratos}, year = {2020}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1699", abstract = "Lipopolissacarídeo é um componente da parede celular de bactérias gram- negativas, o qual é reconhecido por células imunes. Injeções periféricas desta toxina são capazes de mimetizar uma infecção, gerando um processo inflamatório. Em resposta às alterações a nível imunológico e endócrino frente a um estímulo infeccioso-inflamatório, observamos mudanças comportamentais e termorregulatórias no animal, conhecidas como comportamento doentio. Diante deste quadro, agentes moduladores da resposta inflamatória desempenham um papel importante. O sistema endocanabinoide e o neurotransmissor gasoso, sulfeto de hidrogênio (H2S), considerados neurotransmissores atípicos, tem sido abordados por participarem de diversas atividades fisiológicas associadas à regulação da homeostase, contração vascular, efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes, antiapoptóticos, antidepressivos e ansiolíticos. Diante disso, o objetivo do presente estudo, foi avaliar a participação dos neurotransmissores atípicos nas alterações comportamentais e neuroimunes observadas durante o comportamento doentio. Inicialmente, selecionamos a dose de LPS, para tal, realizamos uma curva dose-resposta e através de testes comportamentais, selecionamos a dose de 200 µg/Kg para nosso estudo. Em seguida, os animais foram submetidos à estereotaxia e após sete dias, passaram por 2 partes distintas. Na Parte I, os animais receberam AM251 (antagonista de canabinóide), ou WIN55,212-2 (agonista de canabinóide), ou VDM (inibidor da recaptação de canabinóide), ou veículo (V) intracerebroventricular (i.c.v.) e 15 minutos após injetamos intraperitonealmente (i.p.) salina (S) ou LPS (200 µg/ Kg). Passadas duas horas, submetemos os animais aos testes de: campo aberto (CA), ingestão alimentar (IA) e nado forçado (NF). Os animais da Parte II, também passaram pelo procedimento cirúrgico e após sua recuperação (5-7 dias), receberam Na2S (doador de H2S), ou Aminooxiacetato (AOA, inibidor da enzima CBS) ou veículo (V) i.c.v. e imediatamente em seguida, injetamos i.p. salina ou LPS. Após duas horas, submetemos os animais dos testes de: campo aberto (CA), ingestão alimentar (IA), interação social (IS) e nado forçado (NF), porém nesta segunda parte, coletamos o plasma dos animais, a fim de quantificar as citocinas plasmáticas e uma estrutura encefálica, o córtex pré- frontal, visando realizar a técnica de Western Blotting, para quantificar a expressão de GFAP em animais pré-tratados com H2S ou AOA, durante a endotoxemia. Os animais da Parte I, apresentaram uma redução na ingestão alimentar nos grupos tratados com V+LPS, AM251+LPS e VDM+LPS em relação ao controle. Contudo, nos animais tratados com WIN+LPS, observamos um aumento da ingestão em relação ao grupo que recebeu V+LPS. Nos testes de CA e NF, apenas aqueles que receberam V+LPS e AM251+LPS apresentaram uma diferença significativa em relação ao grupo V+S, onde observamos redução da distância percorrida no aparato e aumento de tempo de imobilidade, respectivamente, o que nos permitiu sugerir que o sistema endocanabinoide, via receptores CB1, não participa da modulação do comportamento doentio. Já, nos animais da Parte II, o grupo tratado com V+LPS apresentou redução da distância percorrida e aumento do tempo de imobilidade no CA, redução do tempo de interação total na IS, aumento do tempo de imobilidade e redução do tempo de nado no NF e redução da ingestão alimentar em relação ao grupo V+S. Esse quadro também foi observado no grupo de animais que receberam AOA+LPS. Naqueles que receberam Na2S+LPS observamos aumento do tempo de interação total na IS, redução do tempo de imobilidade no NF e aumento da ingestão alimentar, contudo não notamos diferença significativa nos parâmetros analisados no CA, em relação ao grupo controle. Quanto às citocinas, TNF-α e IL1β, observamos um aumento de suas concentrações plasmáticas em todos os grupos quando comparados ao grupo controle. No que diz respeito à expressão de GFAP, notamos um aumento da expressão desta proteína nos grupos V+LPS e AOA+LPS, contudo o H2S foi capaz de prevenir o aumento da expressão de GFAP induzido pelo LPS. Estes resultados demonstram que o pré-tratamento com a Na2S (doador de H2S, i.c.v.), antes da aplicação i.p. de LPS, foi capaz de prevenir as alterações comportamentais e a ativação astrocitária frente ao desafio imunológico, nos permitindo sugerir que o sulfeto de hidrogênio pode influenciar a manifestação do comportamento doentio.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas}, note = {Instituto de Ciências Biomédicas} }