@MASTERSTHESIS{ 2021:1094758100, title = {Movimentos estudantis em Guiné-Bissau em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos(as)}, year = {2021}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1791", abstract = "O presente trabalho tem como propósito analisar e compreender as principais críticas direcionadas ao atual projeto da Educação Básica nacional em Guiné-Bissau, feitas por pessoas que participam e/ou participaram da Associação Nacional do Estudante. Para isso, elegemos como interlocutores três estudantes membros do Coletivo Carta 21, que participaram da ocupação nas calçadas ao redor do Ministério da Educação, em 2018, e três membros da Confederação Nacional da Associação Estudantil da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), que já participaram de outras manifestações contra a desvalorização da educação pelos sucessivos governos do país. A pesquisa é de caráter qualitativo. Foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: a realização de entrevistas semiestruturadas, a análise de dados estatísticos e a revisão de literatura. A técnica de análise de conteúdo foi o principal procedimento utilizado para trabalhar com os dados coletados. Por fim, a partir de uma análise dos diferentes períodos históricos do país, foi possível entender como a educação exerceu papel fundamental em relação ao processo de emancipação da consciência popular dos povos colonizados e, ao mesmo tempo, possibilitou a criação de uma consciência crítica e revolucionária para libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde, que estavam sob o domínio colonial português. As tradições e as diversidades socioculturais das populações locais foram transformadas no símbolo da unidade e da resistência de Guiné e Cabo Verde. Os movimentos estudantis (CONAEGUIB e Coletivo Carta 21) são herdeiros dessas ideias revolucionárias ao demonstrarem grande preocupação em relação à política da banalização e do desmonte das escolas públicas por meio da implementação das políticas neoliberais na educação. Nesse contexto, sem contar com o sistema nacional de educação, a situação das instituições públicas se depara com: (a) falta de pagamento dos salários aos profissionais da educação; (b) sucessivas greves nas escolas públicas do país; (c) falta de infraestruturas de equipamentos básicos para ensino e aprendizado; (d) ausência da revisão do plano setorial da educação (PSE) e da Lei de Base do Sistema Educativo (LBSE), entre outros. Toda essa preocupante situação tem ocasionado sucessivas paralizações e manifestações estudantis em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos(as). Todavia, essas manifestações, na maior parte das vezes, sofrem duras repreensões por parte das forças policiais, como mecanismo de silenciar as vozes desses sujeitos políticos em relação à exigência de que o Estado cumpra com a garantia dos direitos sociais fundamentais assegurados na Constituição. Por fim, o trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }