@MASTERSTHESIS{ 2021:1421153529, title = {Criação in vitro da abelha sem ferrão Frieseomelitta varia Lepeletier 1836 (Apidae, Meliponini) e efeitos de doses subletais de glifosato na morfologia}, year = {2021}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1900", abstract = "A polinização é um dos serviços ecológicos essenciais para a manutenção de ambientes naturais e agrícolas. Entre os polinizadores, as abelhas Meliponini representam um grupo diverso que desempenha um papel ecológico fundamental e estão expostas a vários agrotóxicos tanto em ambientes naturais e agrícolas, incluindo o glifosato. Este composto foi concebido e é utilizado extensamente como herbicida de amplo espectro. Contudo, publicações recentes têm mostrado que o glifosato induz alterações na capacidade cognitiva de abelhas Apis mellifera. Aqui hipotetizamos que o glifosato pode promover alterações morfofisiológicas em insetos em desenvolvimento e, assim, ser responsável pela diminuição das populações de abelhas, incluindo as da espécie nativa Frieseomelitta varia. Como abordagem inicial para testar nossa hipótese, definimos dois objetivos fundamentais: (i) Estabelecer um protocolo de criação in vitro de operárias de F. varia, o que possibilitaria a realização de ensaios de avaliação dos efeitos de agrotóxicos durante o desenvolvimento pós- embrionário; (ii) Determinar alterações morfológicas externas em abelhas recém-emergidas sobreviventes a exposição larval. As larvas foram criadas em placas de acrílico tipo ELISA (96 poços) em condições controladas de humidade e temperatura e alimentadas com alimento larval natural estocado. Nossos resultados mostram que as larvas de (L1) alimentadas com 27 μL de alimento foram as que tiveram mais sucesso ao considerar as taxas de emergência larval (87%), possibilitando a emergência de um número significativo de operárias (93%) ao longo de 33.3 ± 0.57 dias de desenvolvimento. As análises morfológicas de abelhas emergidas indicaram que não há diferenças estatísticas entre abelhas criadas in vitro e produzidas naturalmente na colônia. Assim, estes resultados mostram a viabilidade do uso dessa espécie de abelhas sem ferrão em estudos ecotoxicológicos e como modelo para outras espécies que tenham ecologia semelhantes a F. varia (Capítulo 1). Para alcançar nosso segundo objetivo, larvas L1 receberam alimento contendo glifosato para determinar alterações morfológicas após a ingestão de herbicida. Nossos resultados mostraram que, nas concentrações testadas, o glifosato não é letal para as larvas de F. varia. Embora não tenha sido letal, registramos abelhas recém-emergidas tratadas 1000 ng / 27 μL de alimento larval com malformações nas asas. Estes resultados indicam que o herbicida glifosato é um estressor e afeta o desenvolvimento pós-embrionário de abelhas F. varia (Capítulo 2). Finalmente, durante o manuseio das colônias de F. varia registramos pela primeira vez populações do ácaro Tyrophagus putrescentiae com comportamento parasítico, causando enfraquecimento e consequentemente a mortalidade de todas as colônias em que o ácaro foi registrado (Capítulo 3). Nossos resultados mostram queF. varia é sensível ao glifosato e à infestação por ácaros e sugerem a necessidade da realização de experimentos que permitam determinar detalhes das interações ecológicas entre as abelhas e o ácaro e dos efeitos da exposição ao glifosato durante todo o período de desenvolvimento da abelha. Em conjunto, o corpo de conhecimentos obtido contribuirá para o planejamento de ações de conservação das populações de abelhas e, consequentemente, a manutenção dos serviços de polinização.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Instituto de Ciências da Natureza} }