@MASTERSTHESIS{ 2022:1902398856, title = {Literatura infantil e relações étnico-raciais: quais possibilidades para o trabalho junto às crianças?}, year = {2022}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2011", abstract = "A presente pesquisa tem por objetivo desenvolver uma revisão de literatura por meio de pesquisas realizadas em programas de mestrado e doutoro que envolve o campo de estudo da Literatura Infantil e os estudos raciais no Brasil para responder à questão de pesquisa sobre quais as possibilidades para o trabalho junto às crianças. A metodologia utilizada baseou-se no Estado da Arte, que possibilitou uma análise entre duas teses e quatorze dissertações, disponíveis no site BDTD/ibict. Os resultados demonstraram que apesar da obrigatoriedade da Lei 10.639/03, que determina o ensino obrigatório de história e cultura africana e afro- brasileira nas instituições de educação, há ainda um mito de que as crianças não compreendem as questões raciais, o que faz com que a escola não trate dessa temática em seu cotidiano. Além disso, muitos educadores se sentem despreparados para incluir a temática em sala de aula, pois não tiveram na graduação disciplinas que os auxiliasse a refletir sobre as Relações Étnico-Raciais. Todavia, concluiu-se que a Literatura Infantil é um ato de resistência ao modelo de ensino que tem ignorado as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais, pois proporciona aos seus leitores reflexões sobre o respeito as diferenças para uma sociedade antirracista. Além disso, contribui também para que as crianças negras possam reconstruir e reconquistar, de maneira positiva, sua autoimagem e autoestima, principalmente quando a leitura é mediada pelo professor a partir das próprias vivências das crianças. Foi possível concluir também que somente as obras literárias não são capazes de mudar as estruturas sociais já estabelecidas na sociedade e na educação em relação a padrões de beleza e culturas consideradas eruditas, heranças da colonização europeia. Para que a Literatura Infantil seja um caminho possível para tratar as Relações Étnico-Raciais junto as crianças em uma educação voltada para a decolonialidade brasileira, é preciso que haja um complemento entre as obras literárias e ações afirmativas que credite as vivências das crianças como, por exemplo, as brincadeiras, as rodas de conversas e projetos voltados para expressões artísticas como a música, a pintura e a escrita. Assim, além de se identificar com as narrativas literárias, as crianças também se sentem mais à vontade em expor seus sentimentos e experiências de vida de modo que, individual e coletivamente, reflitam sobre a forma como se veem e veem os outros ao seu redor, sobretudo ao comportamento do porquê é preciso respeitar as diferenças repudiando o racismo e buscando por equidade social, através de direitos legislativos e ações afirmativas que reparem historicamente os privilégios que eram negados aos membros pertencentes as minorias sociais. O referencial teórico foi baseado a partir da nova Sociologia da Infância, com William Corsaro e Manuel Sarmento. As referências utilizadas sobre Literatura Infantil, optou-se pelas autoras Nelly Coelho, Regina Zilberman e Ione Jovino. Sobre as epistemologias voltadas para ações afirmativas para uma educação brasileira antirracista, foram utilizados os autores Ângela Figueiredo, Ramón Grosfoguel, Djamila Ribeiro e Chimamanda Adichie.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }