@MASTERSTHESIS{ 2022:57048133, title = {Efeitos do tratamento com probióticos e vitamina D na carcinogênese do cólon}, year = {2022}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2033", abstract = "As propriedades da vitamina D sobre a modulação da diferenciação e proliferação celular e o papel de probióticos na microbiota intestinal e da resposta imunogênica têm gerado interesse na aplicação de ambos no âmbito da quimioterapêutica e quimioprevenção dos tumores colorretais. O câncer colorretal (CCR) tem diagnóstico tardio e tratamento com baixas taxas de resposta, aliados à quimiorresistência e efeitos adversos. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos do tratamento isolado e/ou combinado da vitamina D3 e probióticos sobre a carcinogênese colorretal. In vitro, células de adenocarcinoma de cólon (HCT-8) foram tratadas por 48 horas com a vitamina D, probióticos (Bifidobacterium bifidum e Lactobacillus gasseri) e quimioterápicos clássicos, de maneira isolada e combinada. A seletividade foi avaliada utilizando uma linhagem de queratinócitos normais (HaCat), e o efeito sinérgico ou antagônico das combinações foi avaliado através do método de Chou e Talalay. In vivo, ratos Wistar foram tratados com os probióticos e vitamina D isolados e combinados em três diferentes abordagens de tratamento (pré, pós e simultâneo), durante 12 semanas. A indução das lesões pré-neoplásicas foi realizada com o carcinógeno com 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em quatro doses de 40 mg/kg peso corpóreo (p.c). Foi realizado o monitoramento toxicológico (consumo de água e ganho de peso), a avaliação da frequência de focos de criptas aberrantes (FCA) e criptas aberrantes (CA), análise do microbioma fecal, avaliação bioquímica e os mecanismos de ação foram investigados por imunohistoquímica e RT-PCR (real time polymerase chain reaction). Os resultados in vitro indicaram efeito seletivo e dose-dependente na redução da viabilidade em HCT-8, além de redução do IC 50 nos tratamentos combinados, com confirmação do efeito sinérgico das combinações da vitamina D com 5-fluorouracil e com doxorrubicina. In vivo, os resultados demonstraram ação protetora da vitamina D na dose de 250 UI (Unidades Internacionais) no modelo de pré- tratamento e na dose de 2000 UI no pós-tratamento, e em ambas as doses no modelo simultâneo. Os Probióticos demonstraram reduzir significativamente as CA em todas as abordagens estudas na dose de 10 7 UFC (Unidades Formadoras de Colônia). Efeito semelhante foi observado para os tratamentos combinados. A análise da microbiota fecal demonstrou presença de filos diferentes nos grupos expostos a probióticos e vitamina D, evidenciando que os tratamentos possuem efeito modulador da microbiota. O monitoramento do consumo de água e ração indicou ausência de toxicidade e a avaliação da alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), creatinina e ureia séricos ratificou a segurança dos tratamentos. Os dados obtidos nos ensaios de RT-PCR e imunohistoquímica para os tratamentos isolados e combinados demonstraram atuação dos probióticos e da vitamina D na sinalização do Fator de transcrição bZIP tipo NFE2 (Nrf2), na atividade de Glutationa S-Transferase (GST) e na regulação inflamatória da Ciclooxigenase (COX2) e do Óxido Nítrico Sintase Induzível (iNOS), e ainda, em vias de proliferação e modulação transcricional como a via Wnt/β- catenina e do Antígeno Nuclear de Poliferação Celular (PCNA). Nas condições experimentais avaliadas, os resultados sugerem que tanto a vitamina D quanto os probióticos apresentam efeito sobre diferentes vias envolvidas na carcinogênese colorretal, o que fornece novas perspectivas para o aperfeiçoamento de terapias já estabelecidas.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências Aplicada à Saúde}, note = {Instituto de Ciências Biomédicas} }