@MASTERSTHESIS{ 2022:393124318, title = {Tratamento oncológico, alterações bucais, perda dentária e mortalidade: um estudo realizado no centro de oncologia de Minas Gerais}, year = {2022}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2107", abstract = "O presente estudo tem o objetivo de avaliar a associação entre o tipo de tratamento oncológico e a ocorrência de alterações bucais e investigar a relação entre perda dentária e mortalidade por todas as causas em pacientes assistidos em um centro de oncologia de um hospital no sul de Minas Gerais num seguimento de quatro anos. Para tanto, foram entrevistados inicialmente 399 pacientes assistidos nesse centro e posteriormente foram analisados 351 prontuários da população total. Os desfechos foram avaliados por meio do autorrelato das seguintes alterações bucais: xerostomia, halitose, alteração de paladar, alteração alimentar, trismo, mucosites, presença de infecção/inflamação. O tipo de tratamento oncológico foi classificado em: quimioterapia; radioterapia; quimioterapia e radioterapia; outros. Covariáveis incluíram condições socioeconômicas, saúde geral e relacionada ao câncer e saúde bucal. As associações entre os desfechos e as variáveis independentes foram testadas por meio de regressão logística bivariada e múltipla, sendo os resultados expressos por meio de odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). No que se refere à associação entre o tipo de tratamento oncológico e a ocorrência de alterações bucais, a xerostomia (60,15%) e a alteração alimentar (57,64%) foram as alterações mais prevalentes, sendo que pacientes submetidos à quimioterapia (32,58%) e à combinação entre quimioterapia e radioterapia (36,34%) foram mais susceptíveis a agravos bucais. A radioterapia não se associou à nenhuma das alterações bucais; a quimioterapia resultou em maiores chances de alterações de paladar (OR: 2,44; IC95%: 1,22-4,90). Combinadas, quimioterapia e radioterapia associaram-se a maiores chances de alterações de paladar (OR: 3,86; IC95%: 1,92-7,75) e ocorrência de mucosites (OR: 2,51; IC95%: 1,06-5,94). Utilizou-se os dados ora obtidos na abordagem com os pacientes oncológicos, principalmente aqueles oriundos do exame clínico bucal, onde foi averiguado com precisão a variável número de dentes, enquanto os dados de mortalidade por todas as causas foram obtidos dos registros do hospital. As covariáveis ​​de ajuste incluíram fatores socioeconômicos; hábitos relacionados à saúde; estado geral de saúde e saúde bucal. A relação entre todas as variáveis e o número de dentes foi avaliada pelo teste do qui- quadrado. As curvas de sobrevida de Kaplan-Meier foram estratificadas pela perda dentária e comparadas usando o teste de log‐rank. O modelo de riscos proporcionais de Cox foi aplicado para calcular as razões de risco (HRs) para a associação entre perda dentária e mortalidade após ajuste para covariáveis. No que se refere à relação entre perda dentária e mortalidade por todas as causas observada num seguimento de quatro anos, um estudo observacional prospectivo mostra que a perda dentária associa-se ao sexo, escolaridade, presença de multimorbidade e ao uso de prótese, sendo que a presença de 20 ou mais dentes surge associada a melhores índices de sobrevivência (HR: 0,33; IC95%: 0,15-0,75). Em conclusão, resta evidente a importância da avaliação e do acompanhamento odontológico para pacientes oncológicos tanto no que se refere às alterações bucais resultantes das terapias oncológicas como em se tratando da perda dentária, tendo em vista a garantia da eficácia do tratamento aliada à saúde e qualidade de vida do paciente.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas}, note = {Faculdade de Odontologia} }