@MASTERSTHESIS{ 2023:595465591, title = {Sintomas depressivos e medo da covid-19 em pessoas idosas cadastradas na atenção primária à saúde: um estudo seccional}, year = {2023}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2212", abstract = "Introdução: A saúde da pessoa idosa, possivelmente fragilizada pelo processo do envelhecimento, pode ter sido comprometida sobremaneira durante a pandemia de COVID-19. Tal período marcado por medo constante e por instabilidade no contexto de crise mundial, pode ter impacto negativo sobre o estado emocional e na saúde mental, originando novos problemas de saúde ou potencializando condições preexistentes. Com intuito de mitigar complicações inerentes à pandemia da COVID-19, torna-se fundamental compreender tais alterações e fatores associados, a fim de direcionar ações de atenção à saúde para esta população. Objetivo:Verificar a presença de associação entre sintomas depressivos e o medo da COVID-19 em pessoas idosas cadastradas na APS . Método: Trata-se de estudo epidemiológico, observacional e seccional. A amostra foi composta por pessoas idosas, sorteadas a partir de banco de dados de diferentes Estratégias Saúde da Família (ESF) de Alfenas-MG. Por meio decontato telefônico e mediante consentimento de participação ( eletrônico ou por áudio gravado), foi realizada entrevista para responder à questionário estruturado multidimensional. Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e o medo da COVID-19 pela Escala de Medo da COVID-19. A associação entre os sintomas depressivos e o medo da COVID-19 foi estabelecida por modelos de regressão linear múltipla, adotando-se nível de significância de 0,05. Resultados: Foram entrevistados 179 pessoas idosas com média de 69±6,3 anos, sendo a maioria do sexo feminino (68,8%), da raça branca (66,9%), predominatimente com baixa escolaridade (70,2) e baixa renda (76,4%). A prevalência de COVID-19 foi de 22,9%, mas apenas 5,1% foram hospitalizados. 48,0% dos participantes relataram diminição na frequencia de comunicação, 62,6% referiram quase nunca ter companhia durante a pandemia, enquanto 34,8% disseram ter dificulade de obter cuidados médicos e, 19,1% dificuldade de obter alimentos durante a pandemia. O modelo de regressão linear múltipla, sem inclusão da variável sintomas depressivos, explicou aproximadamente 38,7% da variabilidade do medo da COVID-19, incluindo cinco variáveis preditoras do modelo de regressão inicial. O modelo final, incluindo a variável sintomas depressivos, possibilitou a predição do medo da COVID-19 baseado na interação das mesmas variáveis explicativas do modelo anterior, acrescidas de sintomas depressivos. Por este modelo, aproximadamente 44,5% da variabilidade do medo da COVID-19 foi explicada pelos preditores: sintomas depressivos (21,7%), ações de cuidado/prevenção (9,2%), diminuição na comunicação (5,9%), dificuldade de obter alimentos (4,1%), dor nos últimos sete dias (3,4%) e número de pessoas que contribuem para renda (2,2%). A inclusão da variável sintomas depressivos no modelo final de regressão linar múltipla aumentou a capacidade preditiva do modelo em aproximadamente 6% e melhorou seu ajuste, associando-se de forma independente com o medo da COVID-19. Conclusão: Os sintomas depressivos estão associados de maneira significativa e independente com o medo da COVID-19 em pessoas idosas vinculadas a APS.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação}, note = {Instituto de Ciências Biomédicas} }