@MASTERSTHESIS{ 2023:73144180, title = {Diversidade beta da assembleia de epífitas entre árvores em pastagens e fragmentos de Mata Atlântica}, year = {2023}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2238", abstract = "A diversidade beta pode ser entendida como uma medida que compara a diversidade em duas escalas diferentes: alfa e gama. A transformação do uso da terra para pastagens e agricultura intensiva cria nas paisagens os mosaicos agrícolas onde fragmentos de vários cultivos e pastagens se conectam com áreas naturais impondo condições espacialmente uniformes na paisagem, causando perda de habitat, de refúgio, de alimento e de corredores de dispersão, condições essas que são toleráveis apenas por um pequeno subconjunto de espécies nativas abundantes, causando a diminuição da diversidade beta local. As epífitas são particularmente sensíveis à fragmentação florestal, devido ao seu hábito ecológico muito específico, por serem plantas atmosféricas e viverem sem conexão com o solo, dependendo diretamente de seus forófitos. O objetivo deste estudo foi responder se: (1) O padrão de particionamento aditivo da diversidade entre as assembleias de epífitas do pasto e de florestas é semelhante? (2) O padrão de formação das assembleias de epífitas resulta dos processos de substituição de espécies ou aninhamento? e (3) Esses processos são diferentes entre pastos e florestas? Para isso utilizamos os dados de riqueza e abundância de Angiospermas epífitas coletados em 15 paisagens, cada uma consistindo em um fragmento florestal com uma pastagem adjacente. Amostramos as epífitas em 600 árvores nas florestas e 720 nas pastagens. Calculamos a beta diversidade através da partição aditiva da diversidade. Encontramos um total de 10.298 indivíduos pertencentes a 23 espécies e quatro famílias: Bromeliaceae, Orchidaceae, Cactaceae e Piperaceae. Nas pastagens encontramos 9939 indivíduos, pertencentes a 16 espécies. Bromeliaceae foi a família encontrada com maior abundância, principalmente três espécies de Tillandsia, e Orchidaceae com maior riqueza. Nas florestas encontramos 359 indivíduos, pertencentes a 18 espécies. Orchidaceae foi a família mais rica e mais abundante. Verificamos que apesar da diferença de riqueza ter sido baixa, a diversidade beta entre as florestas e as pastagens foi alta, devido à mudança de dominância de algumas espécies nas pastagens, principalmente a superpopulação do gênero Tillandsia (Bromeliaceae), e o principal processo responsável foi o aninhamento. Concluímos que os fragmentos florestais remanescentes não se encontram em bom estado de conservação, mas ainda assim suportam uma comunidade de epífitas vasculares adaptadas a esses ambientes, que desempenham um papel muito importante no ecossistema.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Instituto de Ciências da Natureza} }