@PHDTHESIS{ 2023:168028932, title = {Avaliação da participação espinal dos sistemas endocanabinoide e opioide na antinocicepção induzida pela terapia por ondas de choque em camundongos com dor pós-operatória.}, year = {2023}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2264", abstract = "A dor pós-operatória (DPO) ocorre após procedimentos cirúrgicos e, apesar de ser um evento esperado, afeta a qualidade de vida e funcionalidade do indivíduo. Se não for corretamente controlada, essa dor pode se tornar crônica, causando um problema persistente. O tratamento de escolha para esse tipo de dor é a terapia farmacológica e, apesar de sua eficácia, essa modalidade apresenta efeitos adversos indesejados. Assim, as terapias não farmacológicas, como a terapia por ondas de choque (TOC), atenuam a dor de origem musculoesquelética com menos efeitos adversos. Entretanto, pouco se sabe sobre os mecanismos antinociceptivos da TOC, principalmente no sistema nervoso central. Portanto, o objetivo foi investigar, a nível espinal, a participação do sistema endocanabinoide (SEC) e do sistema opioide (SOP) no efeito antinociceptivo da TOC em camundongos com DPO. Para isso, camundongos C57BL/6 machos foram submetidos à cirurgia de incisão e retração de pele e músculo (IRPM) na coxa direita para indução de DPO. O limiar nociceptivo mecânico desses animais foi avaliado pelos monofilamentos de von Frey. A cirurgia de IRPM induziu DPO do 1º ao 28º dia pós-operatório. Os animais receberam então duas aplicações, no 14º e no 16º dia pós-operatório, com 100, 200 ou 400 pulsos da TOC, com densidade de fluxo de energia de 0,11 mJ/mm 2 , 10 Hz e área de aplicação de 5 mm na região medial da coxa direita, ou tratamento sham. No 16º dia, após a segunda aplicação da TOC, o limiar nociceptivo foi avaliado novamente. As doses de 100 e 200 reduziram a DPO por 60 minutos. A participação dos receptores CB 1 e CB 2 foi avaliada pela pré-administração no 16º dia (antes da segunda aplicação de TOC) dos antagonistas seletivos de CB 1 AM251 (0,1,1 e 10 µg), CB 2 AM630 (3,6 e 12 µg), e houve uma redução dose-dependente da antinocicepção da TOC. Por outro lado, a pré-administração do inibidor da recaptação de anandamida (AEA) VDM11 (1,2 e 4 µg) e o inibidor da enzima monoacilglicerol lipase (MAGL) JZL184 (0,5, 1 e 2 μg) potencializaram e prolongaram a antinocicepção da TOC. Similarmente, a pré-administração de Naloxona (1,2 e 4 μg), antagonista não seletivo dos receptores opioides, Cloccinamox (1,2 e 4 μg), antagonista seletivo dos receptores opioides μ e Nor- binaltorfimina (1,25,2,5 e 5 μg), antagonista seletivo dos receptores opioides κ, mostrou que a antagonização dos receptores opioides, não seletivamente e seletivamente, diminuiu de forma dose-dependente a antinocicepção da TOC. A avaliação no 16º dia dos níveis espinais de AEA e 2-araquidonoilglicerol (2-AG) por cromatografia líquida/espectrometria de massa revelou um aumento nos níveis somente de 2-AG nos animais tratados. A análise de Western Blot mostrou uma diminuição na expressão espinal de MAGL, porém não houve alteração na expressão entre os grupos da expressão de CB 1 , CB 2 e da enzima hidrolase de amidas de ácidos graxos (FAAH). Adicionalmente, a avaliação espinal da expressão dos receptores μ, κ e δ opioides não apresentou diferença estatística entre os grupos. Finalmente, a avaliação espinal dos níveis das citocinas IL-1β, TNF-ɑ e IL- 10 pela técnica de ELISA evidenciou uma redução dos níveis de IL-1β nos animais com DPO tratados com TOC em comparação com os animais não tratados, mas nenhuma diferença entre os grupos foi identificada para as outras citocinas. Com base nos achados do presente estudo, é possível sugerir que a TOC atenua a DPO e que tanto o SEC como o SOP possam participar do efeito antinociceptivo dessa terapia.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas}, note = {Instituto de Ciências Biomédicas} }