@MASTERSTHESIS{ 2023:762974655, title = {Biomineralização em concretos de alto desempenho}, year = {2023}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2280", abstract = "A utilização de materiais cimentícios vêm preocupando cientistas e órgãos do mundo todo devido à crescente demanda de minerais na produção do concreto que chega a ser responsável por um décimo da emissão global de CO2 (dióxido de carbono). Materiais cimentícios como o concreto convencional e a argamassa estão sujeitos à formação de fissuras, levando à necessidade de reparos e/ou reconstrução e consequentemente, demandando mais dos recursos minerais. Os concretos de alto desempenho, como o concreto de pós reativos (CPR), por apresentarem formulação sem agregado graúdo e uso de aditivos diferenciados, permitem a obtenção de maior homogeneidade microestrutural e propriedades mecânicas superiores quando comparados aos concretos tradicionais. Entretanto, eles não estão imunes à formação de fissuras. Várias são as alternativas de reparo, porém, grande parte delas gera produtos nocivos aos seres humanos e ao meio ambiente. Para contornar essa situação, uma alternativa vem ganhando notoriedade nas últimas décadas: a utilização de microrganismos no processo de autocura de matrizes cimentícias por meio da biomineralização de carbonato de cálcio (CaCO3). Visando compreender melhor a fenomenologia associada à utilização dessa técnica e sua aplicabilidade em matrizes de concretos de alto desempenho, esta pesquisa objetivou investigar como variáveis de processamento relacionadas ao processo de biomineralização afetam no processo de autocura desses concretos. Para tal, cápsulas de alginato de sódio foram produzidas e caracterizadas e bactérias Lysinibacillus spharaericus foram encapsuladas com sucesso no alginato de sódio. Após a caracterização das matérias primas constituintes dos CPR, três formulações (com adições de 0,5%, 1,0% e 1,5% de cápsulas) e uma referência (sem adição de cápsulas) foram caracterizadas, comprovando-se que a adição de cápsulas não afetou significativamente nenhuma das propriedades do concreto, seja no estado fresco ou endurecido. A fluidez do concreto manteve-se elevada, sem nenhum tipo de segregação, baixos índice de vazios (5,0~5,5%) e absorção de água (2,2~2,5%) foram obtidos para todas as formulações e os valores máximos atingidos para a resistência mecânica a compressão e a flexão após 28 dias foram de 83 e 20,8 MPa, respectivamente. Corpos de prova contendo as bactérias encapsuladas foram ensaiados mecanicamente e a superfície fraturada foi analisada por meio de microscopia ótica, na qual foi comprovado o processo de biomineralização por meio da ação das bactérias após o rompimento das cápsulas.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais}, note = {Instituto de Ciência e Tecnologia} }