@MASTERSTHESIS{ 2024:230471344, title = {Avaliação da citotoxicidade do nifur0mox, fexinidazol-sulfona, amiodarona e alopurinol frente à infecção por Trypanosoma cruzi}, year = {2024}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2504", abstract = "Estudos sobre a quimioterapia anti-Trypanosoma cruzi avançaram muito nos últimos anos, culminando com a avaliação de candidatos a fármacos em estudos clínicos de fase II para o tratamento da doença de Chagas crônica. Porém, devido às limitações relacionadas à eficácia ou tolerabilidade dos candidatos, ainda não há tratamento satisfatório para a fase crônica da infecção. Os resultados obtidos com o fexinidazol, um dos candidatos mais promissores, são particularmente intrigantes; trata-se de um nitroimidazol que apresentou alta eficácia tripanossomicida e tolerabilidade em estudos pré-clínicos e clínicos de fase I, mas ao ser administrado a pacientes com a doença de Chagas induziu neutropenia e hepatotoxicidade relevantes. Muito embora estejam sendo amplamente discutidos os fatores envolvidos nas falhas terapêuticas observadas, os estudos e informações disponíveis na literatura sobre os efeitos tóxicos dos fármacos tripanossomicidas, mesmo aqueles de uso clínico, são escassos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar o perfil de citotoxicidade de fármacos com atividade tripanossomicida utilizando diferentes tipos celulares e tempos de incubação, na ausência ou presença da infecção por T.cruzi. Para tanto, foram escolhidos candidatos já avaliados em estudos não clínicos e clínicos – o fexinidazol-sulfona (metabólito ativo do fexinidazol), a amiodarona e o alopurinol, além do nifurtimox, que é um dos medicamentos de referência no tratamento da doença de Chagas. Células H9c2 e HepG2 foram incubadas ou não com os fármacos por dois períodos distintos, 72 e 120 horas, na ausência e presença da infecção pela cepa Y de T. cruzi. A viabilidade das células hospedeiras foi aferida por meio da redução de resazurina, comparativamente às células não infectadas e não tratadas. Foram realizados ainda, para fexinidazol-sulfona, ensaios de viabilidade com Sulforodamina B e avaliação da proliferação em esquema prolongado de tratamento (192 horas) por meio da determinação da CPD (cumulative population doubling). Os resultados dos ensaios com resazurina mostraram que o perfil de toxicidade foi variável para o tipo celular e fármaco, sugerindo relação com os mecanismos de ação e fisiologia das células. O fexinidazol-sulfona apresentou níveis baixos de interferência na viabilidade de ambas as células, com redução significativa da viabilidade celular a partir de 1mM. A amiodarona apresentou efeito tóxico concentração e tempo-dependente, com valores de CC-50 de 15µM a 41 µM. Já o nifurtimox induziu maior toxicidade em H9c2, enquanto o alopurinol foi significativamente mais tóxico para HepG2. A infecção pelo parasito não exerceu influência expressiva no perfil de viabilidade das células tratadas, provavelmente pela atividade anti- T. cruzi dos fármacos nas concentrações avaliadas. A determinação da viabilidade das células HepG2 utilizando Sulforodamina B mostrou perfil citotóxico tempo e concentração-dependente para fexinidazol-sulfona, sobretudo em concentrações a partir de 1mM. A determinação da CPD para o mesmo tipo celular revelou redução expressiva da proliferação celular a partir de 96 horas de tratamento com fexinidazol-sulfona, particularmente nas concentrações de 1,0 e 2,0 mM. Os resultados demonstraram, no contexto do desenvolvimento farmacológico anti- T. cruzi, a importância da utilização do tempo de tratamento prolongado para avaliação da citotoxicidade de fármacos e podem auxiliar no delineamento de experimentos que contribuam para aumento do valor translacional dos estudos pré-clínicos de novos candidatos a fármacos.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas}, note = {Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação} }