@MASTERSTHESIS{ 2013:2026977541, title = {Itinerário terapêutico do homem com cardiopatia submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio}, year = {2013}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/746", abstract = "Estudo que teve como objetivo compreender o itinerário terapêutico de homens com cardiopatia submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Para tal compreensão foram utilizados os referenciais teóricos da antropologia interpretativa Geertz, Antropologia Médica de Kleinman e o método etnográfico. Participaram deste estudo vinte e um homens com cardiopatia submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio em um Instituto de Intervenção Cardiovascular de uma cidade do sul de Minas Gerais. Foram respeitadas as questões éticas e os informantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participarem do estudo. A coleta de dados ocorreu no período de março a novembro de 2012, no domicílio dos informantes. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas, observação participante e anotações em um diário de campo. A análise e interpretação dos dados foram orientadas pelo referencial teóricometodológico. Da análise surgiram dois núcleos de significados: “Da saúde para a doença: um divisor de águas”; “O corpo marcado”. O primeiro núcleo revela o inicio das manifestações da doença e suas repercussões, como a perda de autonomia em relação ao processo de saúde/doença; a importância da religiosidade frente ao processo de adoecer; o momento da comunicação da necessidade da cirurgia, o medo diante a uma situação inusitada e a preocupação com a família. No segundo núcleo são abordados o período pré e pós-operatório que envolve o preparo do paciente para a intervenção cirúrgica, a despersonalização decorrente da hospitalização, a ruptura do cotidiano e a resignificação do viver. Constatamos que o subsistema familiar é utilizado por todos os homens. No entanto, sob influência do modelo biomédico, a automedicação é amplamente utilizada pelos depoentes. De forma conjugada eles buscam tratamento no subsistema popular e profissional. Este último é dominante sobre os demais, onde os homens, nesta situação de doença encontram a resolutividade e a cura da enfermidade. Percebemos que as “maratonas” experienciadas pelos homens, a falta de resolutividade de alguns serviços, a ineficiência do sistema de referência e contrarreferência, aliadas à hospitalização e à intervenção cirúrgica geram sentimentos como medo, angústia, ansiedade e incertezas. A masculinidade pode ter influenciado o homem a banalizar as primeiras alterações no corpo. No entanto, o homem reafirma sua masculinidade exibindo o corpo marcado pela cicatriz cirúrgica como uma vitória, com bravura. Apreendemos que os profissionais de saúde, especialmente a Enfermagem devem receber uma formação que busque a integralidade do cuidado centrada nas diretrizes do SUS, com ênfase ao acolhimento, escuta qualificada, humanização, resolutividade e o comprometimento com o outro.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Escola de Enfermagem} }