@MASTERSTHESIS{ 2015:246768846, title = {A experiência de homens submetidos à amputação: um estudo etnográfico}, year = {2015}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/777", abstract = "Este estudo teve como objetivo compreender a experiência de homens submetidos à amputação de membros inferiores. Para tal compreensão, foram utilizados o referencial teórico da Antropologia Interpretativa de Geertz e o método etnográfico. Participaram do estudo oito homens, cadastrados no Centro de Referência em Medicina Física e Reabilitação do Sul de Minas Gerais. Foram respeitados os preceitos éticos, como a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética sob o CAAE 26203814.3.0000.5142 e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a novembro de 2014, em domicílio por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas, de observação participante e de anotações em diário de campo. Da análise, surgiu um eixo central transversal: “A luta pela independência” perpassado por dois eixos perpendiculares “Meu corpo marcado como uma marca na vida” e “Refazendo minha identidade masculina”. A amputação marca o corpo e a vida dos homens que diante das limitações impostas por tal condição se veem subordinados ao seu grupo social. Essa dependência gera sentimentos de inutilidade e de tristeza, contrariando as concepções do senso comum sobre o papel do homem na sociedade. A prótese surge como um horizonte de possibilidades, assumindo papel preponderante no processo de amputação, uma vez que permite a inserção do homem a um novo contexto de experiência, dando a ele uma segunda chance de vida. Apreendemos que ao se identificar com o outro, que também passou pelo processo de amputação, os homens tentam refazer sua identidade a partir das interações subjetivas e intersubjetivas e aos poucos, buscam mobilizar-se para a vida apesar da amputação. Constatamos uma pluralidade nos modos de significar a amputação, uma vez que, se trata de uma experiência única e singular. Essa experiência transita entre o “ser” e o “sentir-se” deficiente, e é influenciada pelo contexto sociocultural e pela trajetória pessoal, na qual a nova condição é aceita ou refutada. Verificamos a necessidade de mudança atitudinal da equipe de enfermagem em relação à assistência prestada às pessoas com amputação. Aprender com essas pessoas sobre a experiência da amputação contribui para repensar o cuidado à saúde, na vertente da indissociabilidade corpo e mente, considerando e respeitando a diversidade sociocultural.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Escola de Enfermagem} }