@MASTERSTHESIS{ 2016:501063588, title = {Aspectos histopatológicos e imunológicos do desenvolvimento do granuloma esquistossomótico na coinfecção por Schistosoma mansoni E Paracoccidioides brasiliensis em modelo murino.}, year = {2016}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1045", abstract = "A esquistossomose, doença causada pelo parasito Schistosoma mansoni, é um problema de saúde mundial. A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica humana, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, e pode coinfectar o hospedeiro portador de S. mansoni. Na confecção por S. mansoni, o sistema imune do hospedeiro pode estar suprimido, o que acarreta uma defesa insuficiente para eliminação de outros microrganismos. Até o momento, existem poucos trabalhos que descrevem a evolução da esquistossomose e da paracoccidioidomicose em casos de coinfecção. Além disto, devido a correntes migratórias, indivíduos de áreas endêmicas para esquistossomose podem se instalar em áreas endêmicas para PCM e vice versa. Considerando estes antecedentes, este trabalho teve como objetivo analisar aspectos histopatológicos e imunológicos do desenvolvimento do granuloma esquistossomótico durante a coinfecção Para isto, camundongos Swiss fêmeas foram separados em 4 grupos para fase aguda e 4 grupos para fase crônica, com 10 animais em cada: controle não infectado - CNI, infectado com S. mansoni - Sm, infectado com P. brasiliensis - Pb, coinfectado - Sm+Pb, ambos em fase crônica, e coinfectados sendo Sm fase crônica e Pb fase aguda - Sm(c)+Pb(a). Os camundongos foram necropsiados após 50 (fase aguda) e 120 dias (fase crônica) para análise quanto ao peso, sobrevida, desenvolvimento do granuloma e produção de citocinas. Em relação ao peso, observou-se que não houve alterações no peso dos camundongo após 50 dias. Já para a fase crônica, foi observado ganho significativo de peso no grupo Pb. Para a sobrevida, em fase aguda, observou-se 10% de óbitos no grupo Sm. Já para fase crônica, 50% de óbitos para o grupo Sm, 60% do grupo Sm+Pb e 50% do grupo Sm(c)+Pb(a) foram observados ao final do experimento. A ocorrência da coinfecção foi evidenciada a partir da visualização de granulomas no fígado e no pulmão, e a presença de fungo no epiplon. A contagem de granulomas no fígado (fase aguda e crônica) e pulmão (fase crônica), não apresentou diferenças significativas. Em relação ao diâmetro dos granulomas no fígado em fase aguda, estes foram significativamente maiores no grupo Sm (0,08±0,05 mm²) quando comparado ao grupo Sm+Pb (0,06±0,05mm²). Na fase crônica, o diâmetro foi significativamente maior quando comparados os grupos Sm+Pb (0,03±0,01mm²) ao Sm(c)+Pb(a) (0,02±0,01mm²). Em relação ao pulmão, houve diferenças significativas elevadas quando comparados os grupos Sm (0,01±0,009mm²) com Sm+Pb (0,03±0,01mm²) e Sm(C)+Pb(A) (0,03±0,02mm²). Foram evidenciadas células mononucleares e polimorfonucleares nos granulomas de fígado e pulmão em todos os grupos estudados, tanto em fase aguda e crônica. Em fase aguda, a contagem de eosinófilos e neutrófilos não obteve diferenças significativas em relação aos tipos celulares, apesar de um número maior de neutrófilos serem observados no grupo Sm+Pb (7,82±5,95). Na fase crônica, verificamos que no grupo Sm houve um predomínio significativo de eosinófilos (17,34±6,71), enquanto nos grupos Sm+Pb e Sm(c)+Pb(a) o predomínio foi de neutrófilos (18,82±8,18 e 12,72±4,44, respectivamente). No pulmão, não houve diferença em relação ao número de eosinófilos presentes nos granulomas, já o número de neutrófilos no grupo Sm(c)+Pb(a) (2,66±2,71) que foi significativamente menor em comparação aos grupos Sm (9,62±7,76) e Sm+Pb (8,06±5,40). Os resultados da análise de citocinas nos diferentes grupos mostram um aumento significativo de IFN-γ nos grupos Sm (8,05±3,52ng/ml) e Pb (10,40±3,549ng/ml) em relação ao CNI (1,14±0,48 ng/ml). A citocina IL-2 apresentou níveis significativamente mais elevados nos grupos Sm (6,71±1,50ng/ml), Pb (10,40±3,54ng/ml) e Sm+Pb (7,32±2,93ng/ml), quando comparados ao grupo CNI (2,01± 0,39ng/ml). Para IL-4, houve diferenças significativas elevadas entre os grupo Sm (10,45±3,67ng/ml) quando comparados ao grupo CNI (0,85±0,15ng/ml). Para IL-5, diferenças significativas foram encontradas nos grupos Sm (3,91±0,61ng/ml), Pb (3,98±1,76 ng/ml) e Sm+Pb (4,28±2,22ng/ml), quando comparados ao CNI (0,67±0,21ng/ml). Em fase crônica, foram observados níveis significativamente elevados de IFN-γ no grupo Sm (10,45± 3,67ng/ml) comparado ao CNI (1,14±0,48ng/ml). Para IL-2, houve diferenças significativas elevadas nos grupos Sm (7,90±3,16ng/ml) e Pb (7,54±1,41ng/ml), quando comparados ao CNI (2,01±0,39ng/ml). Para IL-4 e IL-5, diferenças significativas elevadas foram observadas para o grupo Sm (8,46±3,71ng/ml e 4,47±1,88ng/ml, respectivamente) quando comparados ao CNI (0,85±0,15ng/ml e 0,67± 0,21 ng/ml, respectivamente). Em relação a MIP-2, não foram observados diferenças significativas entre os grupos, tanto para fase aguda e crônica. Sendo assim, os dados sugerem que a coinfecção por P. brasiliensis pode influenciar na composição celular dos granulomas esquistossomóticos e nos níveis de citocinas.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências Aplicada à Saúde}, note = {Instituto de Ciências Biomédicas} }