@MASTERSTHESIS{ 2014:1959533973, title = {Significado de ser pai de criança com estomia : uma abordagem etnográfica}, year = {2014}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1109", abstract = "Este estudo teve como objetivo compreender o significado de ser pai de criança com estomia. Para tal compreensão, foram utilizados o referencial teórico da antropologia interpretativa de Geertz e o método etnográfico. Participaram deste estudo sete pais de criança com estomia, cujos filhos são cadastrados nos Serviços de Assistência às Pessoas com Estomia no Sul de Minas Gerais. As questões éticas foram respeitadas e os informantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participarem do estudo. A coleta de dados ocorreu no período de abril a agosto de 2013, no domicílio dos pais por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas, de observação participante e de anotações em um diário de campo. Da análise, surgiu um eixo central transversal que é "a informação e desinformação" que é transpassado por outro eixo perpendicular que o divide em dois momentos: "meu filho está adoecendo: o que fazer" e "a experiência de ter um filho com estoma: como conviver". O primeiro momento revela que os pais, em busca do diagnóstico de seu filho, depararam-se com a precariedade dos serviços de saúde, com a desinformação e o despreparo dos profissionais de saúde, com filas imensas para a realização de exames e a com dificuldade para consolidar o diagnóstico, o que representou uma verdadeira peregrinação pelo sistema de saúde. Depois de confirmado o diagnóstico e a cirurgia, os percalços se instalaram pouco a pouco e, junto a eles, o aparecimento de sentimentos como medo, tristeza e ansiedade pela nova condição em sua família. No segundo momento são abordados a alta hospitalar, o retorno ao lar com a criança com estomia, o convívio social, as atividades escolares e as dificuldades e os conflitos enfrentados. A doença apresenta-se para a família como reformuladora de papeis. Assim, por meio deste estudo identificamos que a nova condição que se instala no lar, faz com queo pai comece a repensar sobre o seu papel e se inicia uma divisão de tarefas com a mãe em relação à higiene, à troca de equipamento coletor, à alimentação e à vida escolar da criança. É de suma importância a inserção de disciplinas como a antropologia e a sociologia da saúde na dinâmica curricular dos cursos de graduação na área de saúde, para sensibilizar os futuros profissionais no sentido de melhor compreensão do homem como um ser singular que carrega consigo experiências, crenças e cultura. No entanto, em muitas universidades estas disciplinas são ministradas no início dos cursos de graduação e acabam tornando-se distantes das práticas acadêmicas, nas quais o modelo biomédico é privilegiado. É premente a necessidade de conjugar saberes para tratar o ser humano, pois a dimensão da doença não se restringe à esfera biológica. O processo de comunicação deve ser repensado, pois pude apreender que a informação é dada pelo profissional de saúde, todavia os pais não a compreendem. Entendo que a Enfermagem deve repensar o planejamento da assistência à criança com estomia, incluindo o pai nesse contexto. Reitero a necessidade do envolvimento da enfermagem no acompanhamento da criança e dos pais e a readequação da escola tornando-a mais inclusiva", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Escola de Enfermagem} }