@MASTERSTHESIS{ 2018:1076381474, title = {Superpopulação: um modelo de stress social durante o período gestacional e seus efeitos na mãe e na prole}, year = {2018}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1158", abstract = "Eventos estressores tem se tornado frequentes na sociedade, resultando no aumento de doenças originadas pelo estresse. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo investigar possíveis efeitos, causados pelo estresse de superpopulação durante a gestação de camundongos avaliando suas consequências na reprodução, no desenvolvimento embrionário, fetal e placentário, na depressão pós-parto e nos padrões de cuidado materno. Assim como, avaliar as consequências deste estresse pré-natal no desenvolvimento físico e neurológico do neonato e no comportamento da prole na puberdade. Neste trabalho, fêmeas de camundongos Swiss foram acasaladas com machos da mesma linhagem e a presença do tampão vaginal foi considerada como 1o dia de gestação (ddg). As prenhes do grupo estresse foram acomodadas com 10 fêmeas não prenhes, durante todo o período gestacional, enquanto as prenhes do grupo controle permaneceram em moradia individual. No 15° ddg, foram realizados os testes de labirinto em cruz elevado (LCE) e campo aberto (CA), para avaliar o comportamento, algumas fêmeas eutanasiadas, para avaliação morfológica dos cornos uterinos, placentas e fetos. Nas demais fêmeas, a gestação foi levada a termo e o ganho de peso materno acompanhado durante toda a gestação. Após o nascimento, a prole foi pesada e padronizada, foram avaliados os parâmetros físicos e neurológicos de desenvolvimento até o 30º dia pós-natal (dpn). A depressão pós-parto foi avaliada no 2º dpn, pelo teste de nado forçado, o cuidado materno (CM) observado no 5° e 10° dpn. Os padrões de comportamento da prole foram avaliados por meio dos testes de LCE e CA entre o 30° e 32° dpn. Os resultados indicaram que o estresse de superpopulação interfere na taxa de prenhez, diminui a implantação e a viabilidade gestacional, aumenta o número de hemorragias e reabsorções nos sítios de desenvolvimento fetais, causa restrição de crescimento intra-uterino (IUGR), diminuição de peso placentário e diminuição da eficiência desse órgão. A análise do comportamento das prenhes não apresentou alterações significativas no LCE, porém elas apresentaram um comportamento do tipo menos ansioso em relação às fêmeas do grupo controle no teste de CA. O estresse de superpopulação diminuiu o ganho de peso materno no final da gestação. A avaliação do desenvolvimento físico da prole demonstrou uma redução nas distâncias naso-anal, naso-caudal e ânus-genital dos filhotes. Quanto ao desenvolvimento neurológico, houve atraso nos reflexos de agarramento palmar e endireitamento. A análise do comportamento materno mostrou que as fêmeas submetidas ao estresse, durante o período gestacional, lambem menos seus filhotes no 5o dpn. Ao avaliarmos o comportamento da prole na puberdade, os filhotes do sexo feminino apresentaram-se menos ansiosos em relação ao controle. Podemos concluir que o estresse de superpopulação interfere de forma significativa no índice de prenhez, no bem-estar gestacional, na eficiência placentária, no tamanho dos neonatos, no crescimento dos filhotes no primeiro mês de vida, acarretando atrasos no desenvolvimento neurológico. Também foi observado que o estresse de superpopulação pode ter um efeito ansiolítico nas prenhes, transmitindo aos filhotes fêmeas como um mecanismo de adaptação ao estresse.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências Aplicada à Saúde}, note = {Instituto de Ciências Biomédicas} }