@MASTERSTHESIS{ 2018:137774267, title = {Estudo da atividade biológica do produto da fermentação do fungo endofítico Gibberella moniliformis, proveniente do mangue brasileiro}, year = {2018}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1251", abstract = "A busca por novos compostos para uso na medicina, agricultura e indústria está em contínuo crescimento, e os produtos naturais constituem a estratégia de maior sucesso para a descoberta de novas moléculas. Entre os diversos produtos naturais existentes considera-se os fungos endofíticos de mangues uma fonte valiosa para a descoberta de novas substâncias de interesse terapêutico e biotecnológico, pois oferecem uma diversidade incontável de estruturas químicas. Tendo em vista o potencial bioativo destes micro-organismos, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a atividade biológica e a composição química da fração butanólica do extrato proveniente da fermentação do fungo endofítico Gibberella moniliformis 99(3) visando identificar novos metabólitos bioativos. O endófito, isolado da planta de mangue Laguncularia racemosa, foi submetido ao processo de fermentação em caldo Czapek e posteriormente o caldo fermentado foi particionado com diferentes solventes gerando a fração butanólica (FBuOH). A composição química da fração FBuOH foi analisada por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC-DAD), bem como foi determinado seu conteúdo de fenólicos totais (15,85 mg GAE/g). O estudo cromatográfico da fração FBuOH sugeriu a presença de grupos cromóforos (revelados por luz UV 254 nm), terpenos, saponinas e flavonoides (positivos ao anisaldeído sulfúrico), alcaloides (reativos a Dragendorff) e aminas primárias (positivos a ninhidrina). Foi investigado o potencial biológico da fração FBuOH por meio de diferentes ensaios in vitro. Nos ensaios antimicrobianos foram avaliadas a concentração inibitória mínima (CIM) e microbicida mínima (CMM) contra diferentes micro-organismos, sendo que a fração FBuOH evidenciou forte potencial antifúngico contra Candida albicans ATCC 10231, apresentando CIM de 25-50 μg/mL e CMM de 50 μg/mL, moderada atividade contra Escherichia coli ATCC 25922 (CIM: 100-200 μg/mL e CMM > 400 μg/mL) e foi inativa frente à Staphylococcus aureus ATCC 6538 nas concentrações testadas. Verificou-se efeito sinérgico na associação da fração FBuOH com fluconazol (ICIF = 0,375), com potencialização em 8 vezes da ação do fármaco contra C. albicans. A atividade antioxidante da fração FBuOH foi avaliada pelos métodos DPPH, ABTS, ORAC e FRAP, com resultados de 39,03; 152,16; 213,72 μmol de Trolox/g de fração e 182,28 μmol de Fe2+/g, respectivamente, e também por HPLC-ABTS•+ on-line, não evidenciando compostos com atividade expressiva. A atividade antiproliferativa foi testada pelo método sulforadamina B (SRB) frente a dez linhagens tumorais humanas e uma linhagem não tumoral e verificou-se que FBuOH não inibiu a proliferação celular de nenhuma das linhagens avaliadas nas concentrações testadas (TGI > 250 g/mL), sendo relevante destacar que a mesma apresentou TGI > 250 g/mL também para a linhagem não tumoral HaCaT (queratinócito). A fração FBuOH não apresentou atividade contra formas promastigotas de Leishmania amazonensis nas concentrações testadas (IC50 > 100 g/mL). No ensaio de citotoxicidade a concentração citotóxica da fração FBuOH que inibiu 50% de células Vero foi de 449 g/mL, apresentando índice de seletividade de 8,98. Conclui-se que o fungo G. moniliformis 99(3) é promissor na produção de compostos antifúngicos, incentivando a continuidade de estudos com a fração FBuOH tanto para um possível isolamento do composto responsável pela atividade evidenciada, quanto para futuros testes in vivo.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }