@MASTERSTHESIS{ 2023:905003251, title = {Diferentes fontes de proteína e depressão em participantes de uma coorte brasileira: Estudo CUME}, year = {2023}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2357", abstract = "A depressão é um transtorno psiquiátrico com sintomatologia variável. O diagnóstico é baseado em conjunto de sinais e sintomas, apresentando disfunção do cérebro, alteração do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), do sistema imunológico e do eixo intestino-cérebro. Várias hipóteses são apresentadas para o desenvolvimento da depressão, entre elas a neuroinflamatória. Dieta e nutrição desempenham papéis significativos na prevenção da depressão e em seu tratamento clínico, principalmente em relação aos padrões alimentares, considerando o número, tipo, proporção ou combinação de diferentes alimentos na dieta e a frequência com que são habitualmente consumidos. Entre esses alimentos, diferentes fontes de proteínas parecem desempenhar um importante papel. Proteínas de fontes animais contribuem com todos os aminoácidos essenciais, enquanto as proteínas vegetais melhoram os marcadores pró-inflamatórios e as proteínas mistas estão relacionadas com um consumo de alimentos processados e ultraprocessados, alterando o equilíbrio intestinal e a síntese de neurotransmissores. O objetivo deste trabalho foi analisar o consumo alimentar de adultos da Coorte CUME, segundo a fonte proteica, e sua associação com a incidência da depressão entre os participantes. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, de coorte aberta (longitudinal) com 2572 participantes adultos do Estudo CUME. O consumo alimentar foi categorizado por fontes de proteína de origem animal, vegetal e mista. As análises estatísticas foram realizadas no Stata®, com nível de significância de 5%. Estatísticas descritivas foram avaliadas como frequências absolutas e relativas, médias e desvio-padrão, mediana e intervalo interquartil [IQR (p25 – p75)], de acordo com as categorias da variável desfecho. As diferenças estatísticas foram avaliadas pelos testes qui-quadrado de Pearson, t-Student ou ANOVA, aplicando correção de Bonferroni para ajustes de valor de “p”. As associações entre modelos brutos e multivariados por fontes de proteínas foram verificadas por regressão de Cox. Com base nos resultados, o estudo apresentou predominância do sexo feminino (63,61%; n = 1636), sendo que 40,47% (n = 1041) se encontravam na faixa etária de 30 a 39 anos e com uma taxa de 32,35/1000 participantes/ano de incidência de depressão na população estudada em uma mediana de tempo de acompanhamento de 3,72 anos (IQR 1,99-3,91). O consumo médio de proteína entre a população total foi de 105,53g/dia (DP = 30,39), sendo 66,24 g/dia (DP = 34,45) para proteína de fonte animal, 23,36 g/dia (DP = 9,43) de fonte vegetal e 15,93 g/dia (DP = 8,82) para proteína de fonte mista. O consumo energético médio foi de 2364,70 kcal/dia (DP = 928,00), com maior contribuição de alimentos in natura ou minimamente processados. Não houve associação entre o consumo de proteína total com a incidência de depressão ao longo do segmento, entretanto, a proteína vegetal mostrou-se como fator protetor para risco de incidência de depressão no quarto quintil (Q4) para todas as variáveis. O consumo de proteínas de fonte vegetal diminuiu em 47% o risco de depressão.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade}, note = {Faculdade de Nutrição} }